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sábado, 29 de julho de 2017

. . . O SENHORIAL . . .


No século XVIII, as Casas do Santo e a Casa dos Azevedos tomam as proporções que actualmente se lhes conhece, num período de expansão senhorial, surgindo outras de menor importância social e económica, implantadas nas áreas mais férteis da freguesia.
A zona do Assento e Matriz vai perdendo significado social e político, quer para as populações concelhias, quer para a população da freguesia, sendo substituída, nessa função, pela rua que actualmente integra a Praça 25 de Abril, emergindo como local com “uma só rua”, onde estava a Casa da Câmara e a Cadeia.
Fafe é, nessa altura, o local de passagem obrigatória da aristocracia rural com assento principal nas Terras de Basto, bem como dos primeiros que deram notícia das riquezas do Brasil e as casas brasonadas, em número muito reduzido, constituem um indicador da pequena dimensão do território agrícola local.
A Casa dos Condes de Azevedo, localizada no lugar de Calvelos, tem as características arquitectónicas de um edifício do Séc. XVIII, com um brasão da época, implantado na fachada da capela, por cima da padieira, constituindo esta parte da casa aquela que possui maior imponência no conjunto do edifício.
A Casa do Santo Velho, construida no séc. XVII, com elementos também do XVIII, pertence já à actual área urbana, integrando a zona agrícola outrora existente na vertente Norte e Noroeste do Monte de São Jorge.
Localizada na Avenida das Forças Armadas, apresenta três elementos distintos: a casa do século XVIII, bastante sóbria nas dimensões; um portão que se destaca do conjunto, com grande beleza e imponência, onde se integra um brasão do século XIX; uma capela, da primeira década do século XX, ajustada lateralmente ao edifício.
Estes senhores rurais, detentores de novos privilégios mercantis e de fartos rendimentos, procuraram nas viagens uma das formas de afirmação do seu poder económico e social, encontrando aqui o local de repouso da viagem que os leva ao litoral ou aos parentes, em viagens demoradas de cortesia, sempre acompanhados de criadagem.





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