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quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

O Motociclista Padre Armando Cesário Lima  passeia pela Santana de 1950 com sua moto,
uma americana BSA.




Padre Armando também jogava futebol e tinha uma intensa vida social no Município. A preocupação com o progresso de Santana e de Joselândia é vista em documentos onde ele aparece por exemplo como sócio fundador da Cia de Força e Luz de São José do Carrapicho, ou da Cia Viação Santanense. Nesta última empresa, da linha de ônibus Santana-Lafaiete, fundada em 1952 foram sócios entre outros, José Pereira Dutra, ( Zé do Oscar) Antônio Nogueira de Oliveira ( sr Totonho) e dona Cristina de Souza Costa. As contribuições de Padre Armando (nascido e enterrado em Ressaquinha, são tantas para Santana dos Montes que ele é uma pessoa inseparável de nossa história. Padre Armando faz parte nosso PATRIMÔNIO CULTURAL imaterial.

Fonte: Jornal Santana hoje, Morro do Chapéu , ano 9 nº 77, setembro 2009, Editor responsável, sec. cultura José Geraldo(Bolão).



Em visita pastoral feita em 1824, juntou ao provimento de visita a seguinte certidão sobre a capela de Santo Amaro:

"A capela curada de Santo Amaro, distante da Matriz 3 léguas, com 910 almas e 95 fogos. Foi visitada por Comissão e crismaram-se 1.320 pessoas; tem três altares incompletos, com o forro do corpo da capela-mor por forrar; pia-batismal em pedra e sem grades e vasos de Santos Óleos de estanho; o telhado precisa de conserto, tem ornamentos suficientes"101

A igreja, construída de pedra, domina o largo do antigo arraial, imponente com duas torres e pórtico em pedra, encimado por um ostensório, também em pedra. No interior do templo, além do altar-mor no presbitério, junto ao tansepto, na nave, estão dois altares laterais. Todos os altares são de retábulo simples, talvez o ornamento estaria na primitiva pintura, coberta por tinta-a-óleo branca. No camarim do altar-mor está a bela imagem do padroeiro Santo Amaro (São Mauro, beneditino). Apesar da predominância de imagens de gesso, feitas em série, nos altares, ainda encontramos alguma em madeira, provavelmente do século XVIII, como, por exemplo, no altar-mor, além do padroeiro, nos nichos laterais podemos observar um São José de botas, Santo Antônio, crucifixo e castiçais (conjunto da banqueta) em madeira policromada, destacando-se o douramento, muito bem conservados. No altar lateral, do lado da Epístola, uma imagem de vulto Nossa Senhora das Dores, de roca, e um São Sebastião num dos nichos laterais. Na sacristia tem um arcaz, com sete gavetões, também repintado com tinta-a-óleo.

O antigo distrito queluziano de Santo Amaro do Camapuã (atual cidade de Queluzito), foi um dos primeiros povoados que se formaram em torno do antigo arraial do Campo Alegre dos Carijós.
Pela lei provincial n°. 907, de 8 de junho de 1858, criou-se a freguesia, elevada a colativa em 1861. Em 31 de dezembro de 1943, pelo decreto-lei n° 1.058, mudou-se a denominação de Santo Amaro para Queluzito. Com este nome foi criado o município, em 1962.102

Entre muitos, exerceram a capelania de Santo Amaro o Revmos. Srs.:

-1732 - Paulo Moreira -
-1748 - João de Magalhães
-1773 - Vicente lgnácio da Silva, até setembro de 1799.
-1801 - Manoel Júlio Ribeiro
-1821 - Francisco de Paula Pereira, em dezembro de 1821 já se encontrava no cargo.
           - Manoel Vieira da Cruz

Fonte:
AEAM -Livro de registro de batizados da freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Queluz - Prat. I n° 15 pp. 57
BARBOSA Waldemar de Almeida - "DICIONÁRIO HISTÓRICO-GEOGRÁF1CO DE MINAS GERAIS" - Belo Horizonte, 1971 - pp. 395.
Padre Achuilles Ronsini, havia sido nomeado para a Paróquia de Santana do Morro do Chapéu, porém a freguesia já estava provida em 3 de janeiro de 1899 foi nomeado para Carandaí- MG


A Primeira Biblioteca


Graças ao Sr. Farmacêutico Elov Evangelista Vaz de Lima, é que bem antes de muitas comunas mineiras, Carandaí teve sua primeira Biblioteca pública, inaugurada sob os auspícios do Sr. Napoleão Reis  fundador da Biblioteca Laminense (famosa Biblioteca em Lamim, MG). A biblioteca receberia do mesmo Sr. Reis as duplicatas disponíveis. O Conselho fiscal teve a seguinte composição: Padre Achilles Ronsini como presidente. Abílio Rodrigues Pereira, vice-presidente, Policarpo Rocha, tesoureiro, e três secretários, primeiro (Elov Evangelista Vaz de Lima). segundo (João Rocha) e terceiro (Sophronimo Augusto de Gouveia).

Fonte: Livro História do Município de Carandaí, autor: professor João Paulo Ferreira de Assis.

Luiz Henriques dos Reis ( Capitão)  X  Maria Joaquinha


Desse consórcio nasceram 8 filhos , seu terceiro filho; Gabriel Henriques dos Reis casou-se com Philomena Augusta de Assis, moradores da Fazenda do Carrapato ela filha de José Lopes de Faria  e Adelaide Cristina de Assis.
Seu 2º Filho, Padre Randolpho Henriques dos Reis, Clérico Secular do Habito de São Pedro


Fonte: Livro ; Caminhos do cerrado, a trajetória da família pereira Brandão, Autor: Dr: Eduardo Carvalho Brandão. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

COMARCA DE QUELUZ

Fonte: "Almanak. Administrativo, Civil e Industrial da Província de Minas Geraes do anno de 1874 para servir no anno de 1875.Organisado e redigido por Antônio de Assis Martins. Ouro Preto. 
Typographia de J.F. de Paula Castro. 1874."  
Arquivo Público Mineiro


Município de Cidade de Queluz - Sede da Comarca

1-Freguezia e Districto de N. S. da Conceição de Queluz (Atual Conselheiro Lafaiete)
2-Districto de Santa'Anna do Morro do Chapéu (Atual Santana dos Montes)
3-Freguezia e Districto da Capella Nova das Dores (Atual Capela Nova)
4-Districto de N. S. da Glória (Atual Caranaíba)
5-Freguezia e Districto de Santo Amaro (Atual Queluzito)
6-Districto de S. Caetano do Paraopeba (Atual Casa Grande)
7-Freguezia e Districto de Santo Antônio da Itaverava (Atual Itaverava)
8-Districto do Carrapicho (Atual Joselândia)
9-Freguezia e Districto de Cattas Altas de Noruega (Atual Catas Altas da Noruega)
10-Freguezia e Districto de N.S. das Grotas do Brumado, de Suassuhy (Atual Entre Rios de Minas)
11-Freguezia e Districto de S. Braz de Suassuhy (Atual São Braz de Suaçuí)
12-Districto de Redondo (Atual Congonhas)
13-Freguezia e Districto do Lamim (Atual Lamim)
14-Município da Cidade do Bomfim (Atual Bomfim)
15-Districto do Rio Manso (Atual Rio Manso)
16-Freguezia e Districto de S. Sebastião do Itatiaiossui (Atual Itatiaiauçu)
17-Districto de N.S. das Dores da Conquista (Atual Capela Nova)
18-Districto do Brumado (Atual Brumadinho)
19-Freguezia e Districto de N. S. da Piedade dos Geraes (Atual Piedade dos Gerais)
20-Districto da Capella Nova do Desterro (Atual Entre Rios de Minas)
21-Freguezia e Districto de N.S. das Necessidades do Rio do Peixe (Atual Piracema)
22-Districto de N. S. da Conceição do Pará (Atual ?)
23-Freguezia e Districto de S. Gonçalo da Ponte (Atual Belo Vale)
24-Districto de Sant'Anna do Paraopeba (Atual Belo Vale)
25-Districto de N. S. da Boa Morte (Atual Moeda)
26-Freguezia e Districto de Santo Antônio do Morro de Matheos Leme (Atual Mateus Leme)
27-Districto de Bicas (pertenceu ao Município de Mar de Espanha)

sábado, 3 de dezembro de 2016

Família Souza


Francisco Loriano de Souza (Trisavô)
Maria Cândida de Jesus
João Antônio de Souza ( Bisavô)
Vicentina Augusta de Oliveira
Anibal  José de Souza ( Avô)
Maria do Carmo de Magalhães 

A ORIGEM DO NOME DE FAMÍLIA SOUSA EM PORTUGAL



SOUSA, ou SOUZA, é um sobrenome de origem geográfica, originário de um rio e de uma povoação de Portugal. A sua origem, segundo CORTESÃO, com dúvidas, vem da baixa latinidade SOUSA, SAUCIA ou SÓCIA. SOUSA, forma documentada no ano de 924, SOUZA, com a letra z e SÓCIA, documentado em 1088. Segundo LEITE DE VASCONCELOS, a palavra veio do latim SAZA ou SAXA, que significa seixos (ou rocha), o que traz dificuldades fonéticas. Outros derivam de SALSA, donde vem Souza e Sousa, o que não apresenta dificuldade fonética. CORTESÃO faz diferença entre Sousa, nome do rio, e Souza, nome da povoação, derivando aquele de SAZA e este de SÓCIA. É também o nome de uma espécie de pombo bravo que, no século XI, foi registrado como SAUSA.

(Antenor Nascentes, II, 286)

DOM SUEIRO DE BALFAGUER, o genearca da família Sousa

Souza, ou Sousa, é uma das mais antigas e ilustres famílias de Portugal. FELGUEIRAS GAYO, em seu Nobiliário das Famílias de Portugal (Tomo XXIX), usando o Nobiliário do Cazal do Paço, principia esta antiquíssima família em DOM SUEIRO BELFAGUER, antigo cavaleiro godo, que floresceu nos primeiros anos do século VIII, ou pelos anos de 800. Foi filho, segundo melhores opiniões, de DON FAYÃO THEODO ou THEODOSIO, que foi bisneto em varonia de FLAVIO EGICA, rei da Espanha, e de sua esposa SONA SOEIRA, filha de D. SOEIRO, príncipe Godo. Informa ser a mais antiga família que se encontra na Espanha portuguesa, e por automazia, a mais antiga portuguesa.

Solares da família

O primeiro solar que teve esta família foi na Comarca de Vila Real entre o Rio Tua e Tamega, em a terra chamada Panoyas, nome que lhe ficou de uma cidade assim chamada pelos romanos, situada junto ao lugar de Vai de Nogueiras, em cujas ruínas se encontram descrições com letras romanas.

O segundo solar desta família, de onde se tirou o sobrenome, fica no Entre Douro e Minho, no contorno do Concelho de Rio Tamaga, denominado a terra de Souza, regada do Rio Souza que, nascendo por cima do mosteiro beneditino de Pombeiro, recebe outras águas e corre até se encorporar com o rio Douro, muito abaixo de ambos os rios, sendo o Tamega o último que recebe duas léguas antes da cidade do Porto.


O início do sobrenome Sousa

O sobrenome Sousa não teve princípios senão muito depois do princípio desta família em DOM SUEIRO BALFAGUER, conforme vimos acima, que deixou numerosa e ilustre descendência do seu casamento com D. MUNIA (ou MENAYA) RIBEIRO, descendente dos condes de Coimbra e, por varonia, descendente de SIZEBUTO, filho de WITISSA, penúltimo rei godo. SUEIRA e MINIA foram quarto avós de DOM GOMES ECHIGUES, que floresceu pelos anos de 1030. Homem de muito valor, combateu em Santarém onde, com sua lança, deteve o rei de Castela D. SANCHO e o venceu. DOM GOMES foi governador de toda a comarca de Entre Douro e Minho, por nomeação do rei D. FERNANDO, pelos anos de 1050. Comprou o lugar de Felgueiras, junto a Pombeiro, a Payo Moniz, pelo preço de dois bons cavalos, no mês de abril de 1039, e fundou o mosteiro de Pombeiro, de religiosos beneditinos, pelos anos de 1040. Próximo das terras de Pombeiro, estava o solar de Souza. DOM GOMES achava-se em Guimarães pelos anos de 1052 e deixou numerosa descendência do seu casamento com D. GONTRODE MONIZ, filha de DOM MUNIO FERNANDES DE TOURO, filho do rei D. FERNANDO DE CASTELA. Por este casamento, a família Souza entrou para o sangue real de Navarra, de quem descendem os reis de Castela e Portugal.
Uma das mais antigas e ilustres famílias de Portugal. Felgueiras Gayo, em seu Nobiliário das Famílias de Portugal (Tomo XXIX), usando o Nobiliário do Cazal do Paço, principia esta antiquíssima família em D. Sueiro Belfaguer, antigo cavaleiro godo, que floresceu nos primeiros anos do século VIII, ou pelos anos de 800. Foi filho, segundo as melhores opiniões, de D. Fayão Theodo ou Theodosio (que foi bisneto em varonia de Flavio Egica, Rei da Espanha) e de sua esposa Sona Soeira, filha de D. Soeiro, Príncipe Godo. Felgueiras Gayo informa ser a mais antiga família que se encontra na Espanjia Portuguesa. O primeiro Solar que teve esta Família foi na Comarca de Vila Real entre o Rio Tua e Tamega, em a terra chamada Panoyas, nome que lhe ficou de uma Cidade assim chamada pelos romanos, situada junto ao lugar de Vai de Nogueiras, em cujas ruínas se encontram descrições com letras romanas. O segundo Solar desta Família, de onde se tirou o sobrenome, fica em Entre Douro e Minho, no contorno do Concelho de Rio Tamaga, denominado - a terra de Souza - regada do Rio Souza, que, nascendo por cima do Mosteiro beneditino de Pombeiro, recebe outras águas, e corre até se incorporar com o Rio Douro, muito abaixo de ambos os rios, sendo o Tamega o último que recebe duas léguas antes da Cidade do Porto. O sobrenome Souza não surgiu, senão muito depois de principiar esta família, conforme vimos, em D. Sueiro Balfaguer, que deixou numerosa e ilustre descendência do seu casamento com D. Munia - ou Menaya - Ribeiro, descendente dos condes de Coimbra, e por varonia, descendente de Sizebuto, filho de Witissa, penúltimo rei godo. Foram quarto avós de D. Gomes Echigues, que floresceu pelos anos de 1030. Homem de muito valor, que combateu em Santarém, onde, com sua lança, deteve o Rei de Castela D. Sancho e o venceu. Foi Governador de toda a Comarca de Entre Douro e Minho, por nomeação do Rei D. Fernando, pelos anos de 1050.

Comprou o Lugar de Felgueiras, junto a Pombeiro, a Payo Moniz, pelo preço de dois bons cavalos, em 04.1039. Fundou o Mosteiro de Pombeiro, de religiosos beneditinos, pelos anos de 1040. Achava-se em Guimarães pelos anos de 1052. Próximo às terras de Pombeiro, estava o Solar de Souza. Deixou numerosa descendência do seu cas. com D. Gontrode Moniz, filha de D. Munio Fernandes de Touro [filho do Rei D. Fernando de Castela]. Por este casamento, a família Souza entrou para o sangue Real de Navarra, de quem descendem os Reis de Castela e Portugal. Entre os filhos deste último nobre cavaleiro, registra-se D. Egas Gomes de Souza, que foi o primeiro que usou este apelido Souza, na forma de nome de família, por ser nascido, criado e, depois, Senhor das terras de Souza, Solar dessa família. Foi, ainda, Senhor de Novella e Felgueiras. Governador de toda a Comarca de Entre Douro e Minho. Sendo Capitão-General, venceu em batalha, com muito valor, ao Rei de Tunes, junto a Beja, o que lhe valeu o acrescento aos Bastões de Aragão, antiga composição de suas Armas, as quatro luas crescentes que o rei de Tunes trazia nas suas bandeiras. Deste descendem todos os Souzas, de Portugal e Brasil - salvo para aquelas famílias que em algum tempo adotaram este sobrenome, por apadrinhagem, etc. Deixou numerosa descendência, pela qual corre o sobrenome Souza, por seu cas. com Dona Flamula - ou Gontinha - Góes, filha de D. Gonçalo Trastamires da Maia e de Dona Mécia Roiz. Entre os descendentes deste casal, de interesse para o Brasil, registram-se principalmente:

I - a sexta neta, Ignez Lo_urenço de Souza, que deixou numerosa descendência do seu casamento com Martim Afonso Chichorro, filho bastardo do Rei D. Afonso III [1248-1279], de Portugal.

II - o décimo segundo neto, Martim Affonso de Souz_a [1500 - 21.07.1564, Lisboa], Senhor de Prado e Alcaide-Mor de Bragança. Por ordem do Rei D, João III, veio com uma armada ao Brasil a descobrir o Rio da Prata, deixando ao seu arbítrio as disposições daquela conquista por Carta passada em Lisboa, datada de 28.09.1532. Chegando ao Brasil, bateu de frente com uns navios corsários franceses, que andavam nestes mares, tomando uns, e expulsando outros. Foi o 1.9 Donatário da Capitania de São Vicente.

III - o décimo segundo neto, Tomé de Souza [- 28.01.1579], foi nomeado 1.2 Governador Geral do Brasil, para onde embarcou em 01.02.1549.

Estes três, todos descendentes de Carlos Magno, Hugo Capeto, Fernando I de Aragão e Castela, Guilherme I da Inglaterra e de D. Afonso Henriques.
A ORIGEM DO NOME DE FAMÍLIA SOUSA EM PORTUGAL
O sobrenome Sousa, ou Souza, pertencente a uma das mais antigas e nobres famílias portuguesas, é classificado como sendo de origem habitacional. Este termo se refere aos sobrenomes dos quais a origem se encontra no lugar de residência do progenitor da família, seja uma cidade, vila ou um lugar identificado por uma característica topográfica.
No que diz respeito ao sobrenome Souza, este é variante de Sousa, o qual se originou durante o reinado dos Godos. Um cavaleiro de nome GOMES ECHIGUES, que viveu durante o século XI, foi governador do distrito de Entre Douro e Minho e possuiu o título de SENHOR DE FELGUEIRAS, domínio que adquiriu em 1040. Um de seus filhos, EGAS GOMES DE SOUSA, Senhor de Sousa, Novelas e Felgueiras, foi o primeiro a usar o sobrenome, o que indica que ele residia ou possuía terras no lugar de nome Sousa. Embora Souza e Sousa sejam escritos de forma diferente, considera-se que são apenas grafias distintas para o mesmo nome de família.

A origem da palavra Sousa ou Souza

SOUSA, ou SOUZA, é um sobrenome de origem geográfica, originário de um rio e de uma povoação de Portugal. A sua origem, segundo CORTESÃO, com dúvidas, vem da baixa latinidade SOUSA, SAUCIA ou SÓCIA. SOUSA, forma documentada no ano de 924, SOUZA, com a letra z e SÓCIA, documentado em 1088. Segundo LEITE DE VASCONCELOS, a palavra veio do latim SAZA ou SAXA, que significa seixos (ou rocha), o que traz dificuldades fonéticas. Outros derivam de SALSA, donde vem Souza e Sousa, o que não apresenta dificuldade fonética. CORTESÃO faz diferença entre Sousa, nome do rio, e Souza, nome da povoação, derivando aquele de SAZA e este de SÓCIA. É também o nome de uma espécie de pombo bravo que, no século XI, foi registrado como SAUSA.

(Antenor Nascentes, II, 286)

DOM SUEIRO DE BALFAGUER, o genearca da família Sousa

Souza, ou Sousa, é uma das mais antigas e ilustres famílias de Portugal. FELGUEIRAS GAYO, em seu Nobiliário das Famílias de Portugal (Tomo XXIX), usando o Nobiliário do Cazal do Paço, principia esta antiquíssima família em DOM SUEIRO BELFAGUER, antigo cavaleiro godo, que floresceu nos primeiros anos do século VIII, ou pelos anos de 800. Foi filho, segundo melhores opiniões, de DON FAYÃO THEODO ou THEODOSIO, que foi bisneto em varonia de FLAVIO EGICA, rei da Espanha, e de sua esposa SONA SOEIRA, filha de D. SOEIRO, príncipe Godo. Informa ser a mais antiga família que se encontra na Espanha portuguesa, e por automazia, a mais antiga portuguesa.

Solares da família

O primeiro solar que teve esta família foi na Comarca de Vila Real entre o Rio Tua e Tamega, em a terra chamada Panoyas, nome que lhe ficou de uma cidade assim chamada pelos romanos, situada junto ao lugar de Vai de Nogueiras, em cujas ruínas se encontram descrições com letras romanas.

O segundo solar desta família, de onde se tirou o sobrenome, fica no Entre Douro e Minho, no contorno do Concelho de Rio Tamaga, denominado a terra de Souza, regada do Rio Souza que, nascendo por cima do mosteiro beneditino de Pombeiro, recebe outras águas e corre até se encorporar com o rio Douro, muito abaixo de ambos os rios, sendo o Tamega o último que recebe duas léguas antes da cidade do Porto.

O início do sobrenome Sousa

O sobrenome Sousa não teve princípios senão muito depois do princípio desta família em DOM SUEIRO BALFAGUER, conforme vimos acima, que deixou numerosa e ilustre descendência do seu casamento com D. MUNIA (ou MENAYA) RIBEIRO, descendente dos condes de Coimbra e, por varonia, descendente de SIZEBUTO, filho de WITISSA, penúltimo rei godo. SUEIRA e MINIA foram quarto avós de DOM GOMES ECHIGUES, que floresceu pelos anos, de 1030. Homem de muito valor, combateu em Santarém onde, com sua lança, deteve o rei de Castela D. SANCHO e o venceu. DOM GOMES foi governador de toqla a comarca de Entre Douro e Minho, por nomeação do rei D. FERNANDO, pelos anos de 1050. Comprou o lugar de Felgueiras, junto a Pombeiro, a Payo Moniz, pelo preço de dois bons cavalos, no mês de abril de 1039, e fundou o mosteiro de Pombeiro, de religiosos beneditiríos, pelos anos de 1040. Próximo das terras de Pombeiro, estava o solar de Souza. DOM GOMES achava-se em Guimarães pelos anos de 1052 e deixou numerosa descendência do seu casamento com D. GONTRODE MONIZ, filha de DOM MUNIO FERNANDES DE TOURO, filho do rei D. FERNANDO DE CASTELA. Por este casamento, a família Souza entrou para o sangue real de Navarra, de quem descendem os reis de Castela e Portugal.

O Marco Patronímico Original da família Souza

Entre os filhos deste último nobre cavaleiro, registra-se DOM EGAS GOMES DE SOUZA, que foi o primeiro que usou este apelido Souza, na forma de nome de família, por ser nascido, criado e, depois, senhor das terras de Souza, também chamado Solar de Souza. Foi, ainda, senhor de Novella e Felgueiras e governador de toda a comarca de Entre Douro e Minho. Sendo Capitão-General, venceu em batalha, com muito valor, ao rei de Tunes, junto a Beja, o que lhe valeu o acrescento aos Bastões de Aragão, antiga composição de suas Armas, as quatro luas crescentes que o rei de Tunes trazia nas suas bandeiras. Considera-se que o brasão de armas abaixo reproduzido é o original da família Sousa.

Brasão de Armas antigo da família Sousa

DOM EGAS deixou numerosa descendência, por onde passa a corre o sobrenome Souza, por seu casamento com Dona FLAMULA (ou GONTINHA) GÓES, filha de DOM GONÇALO TRASTAMIRES DA MAIA e de DONA MÉCIA ROIZ. De D. EGAS descendem todas os Souzas de Portugal e Brasil, salvo aquelas famílias que, em algum tempo, adotaram este sobrenome por apadrinhagem ou por outro motivo.

Um 12? neto de Dom Egas, MARTIN AFONSO DE SOUSA, foi o comandante da expedição que fundou o primeiro núcleo de colonização no Brasil. MARTIM AFONSO foi o donatário da capitania de São Vicente. Seu primo, TOMÉ_D£ SOUZA, foi o primeiro governador-geral do Brasil. Ambos são descendentes de MARTIM AFONSO CHICHORRO e de AFONSO DINIS, filhos de el-rei D. AFONSO III, que se casaram com duas netas de MEM GARCIA DE SOUSA, neto do conde D. MENDO, o SOUSÃO, em quem veio ficar esta família. É solar desta família a vila de Arrisana de Sousa, fundada por D. FAYÃO SOARES, tronco deste sobrenome.
 ( Sanches de Baena, Archivo Heráldico, I, 356)



Magalhães (sobrenome)


Magalhães é um sobrenome de família da onomástica da língua portuguesa. Tem raízes toponímicas, que terá sido tirado do da Torre de Magalhães, na freguesia de São Martinho do Paço Vedro, Ponte da Barca. Em castelhano o nome é escrito Magallanes.
O nome desta família teria se originado em Afonso Rodrigues de Magalhães, senhor daquela torre e que vivia em 1312. Era raçoeiro do Mosteiro de Tibães e do seu casamento com D. Alda Martins de Castelões teve descendência que deu continuidade ao apelido. Dentre aquela, será de salientar o navegador Fernão de Magalhães.
Brasão de Armas: De prata, três faixas xadrezadas de vermelho e prata, de três tiras. Timbre: um abutre de sua cor, estendido e armado de ouro. Outros Magalhães, no entanto, usam: escudo esquartelado, sendo os primeiro e quarto de prata, uma árvore arrancada de verde, e os segundo e terceiro de azul, uma cruz de ouro florenciada e vazia. Timbre: a árvore do escudo.

Joaquim José de Magalhães (Bisavô)
Maria Augusta de Oliveira
Maria do Carmo de Magalhães (AVÒ)
Anibal José de Souza