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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

 

1763. Carta de João Ribeiro Coelho, licenciado, para António de Sá Tinoco, cirurgião.

 

Author(s): João Ribeiro Coelho     

Addressee(s): António de Sá Tinoco         

 

            Senhor Licenciado Antonio de Saa Tinoco,

 

Não posso Serteficarlhe Coanto Sinto, e tenho Sentido a sua imfamia, que lhe tem acomulado, os meus, e seus emnemigos: porem como Deos hé a suma verdade, padeço eu e vmce por ella, e os Leibozos se vão descobrindo as suas falcidades, como bem notorias por todos estos mimos; pello que a mim e a vmce tem feito

 

Espero em Deos nos vejamos, porque há de premitir darlhe vida, e a mim soltura para mostrarmos ao mundo, que os Emnemigos por vinganca para mim com testemunhas falssas se valem da Lei novisima, que foi instetoida para bom Regimem dos vaçallos, e se valem della para vingança dos emnemigos, e a vmce o que lhe acomulao, em que tambem me culpao, coando me comvidarão, o senhor vigario para dizer o que não disse e so o que ouvi, e a verdade sem ofença no que se lhe emputta, que a vmce numca ouvi a essa vós emtroduzir os mesmos que nos culparão.= Deos de a vmce passiencia eu estou para arrezoar o final, que não temo, porque a verdade está bem provada inté por testemunhas dos mesmos emnemigos, e tudo o que dis respeito aos particulares seus que que la tem, dandome Deos a soltura que que espero, são meus para obrar o que vmce mereçe. espero Alvará da Relacão, porque o senhor ouvidor emformou a mesma, e agora Escrevo a  [...]Jozé, que para lá foi para a fianca, que já me prometeo qando lá seja necessario dalla: e tenha firmesa em Deos que há de acudir com a verdade Deos o leve e traga a salvamento; como no mesmo senhor Espero. vila de São Jozé a 8 de Julho 1762

 

De vmce Muito Amante Amigo[...] Joam Ribeiro Coelho

 

prezentemente se achou o Amigo Thomas Jozé dessas e se recomenda muito a vmce, que por ser já de noute lhe não escreve, mas que desponha delle o que for servido, que para tudo fica com os Braços aberttos. etc 

 

 

Fonte: http://teitok.clul.ul.pt/postscriptum/en/index.php?action=file&cid=xmlfiles/ReverContextosResumos/PSCR1711.xml; Acesso 24/08/2021

 

 

Antônio de Sá Tinoco

 

Antônio de Sá Tinoco , 50 anos, cirurgião e fazendeiro, formado entre o Douro e o Minho. Foi preso pela inquisição no Brasil onde vivia a 20 anos, sua prisão foi no ano de 1763, vindo do Porto, primeiro viveu 13 anos na Freguesia de Carijós – MG / Queluz –MG e depois em Itaverava – MG .

 


Fonte: A Inquisição Em Minas Gerais No Século XVIII – Autora: Neuza Fernandes

 


 

 

 

 

 

domingo, 22 de agosto de 2021

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

 

HISTÓRIA DE OURO BRANCO

 

O povoado de Santo Antônio de Ouro Branco foi fundado no final do século XVII, provavelmente no ano de 1664, como consequência do processo de ocupação iniciado com as primeiras bandeiras.





 

     O povoado de Santo Antônio de Ouro Branco teve sua origem em fins do século XVII, provavelmente no ano de 1694, como consequência do processo de ocupação iniciado com as primeiras bandeiras que, subindo o Rio das Velhas à procura de ouro, desbravaram a região, assentando-se ao pé da Serra de Ouro Branco, também denominada, na época, Serra do Deus (te) Livre (tombada pelo IEPHA em 07/11/1978).

Os primitivos habitantes desta região foram os índios da tribo Carijós.

 

Os ex-integrantes da Bandeira chefiada por Borba Gato, Miguel Garcia de Almeida Cunha e Manuel Garcia, transpondo os altos da cachoeira de Itabira do Campo (atualmente Itabirito) descobre o ouro na falha radial da Serra, onde se encontram os mananciais dos Ribeirões da Cachoeira e Água Limpa. Tal descoberta não produz o rendimento esperado: Manuel e Miguel se desentendem e a bandeira se divide.

 

Manuel Garcia segue na direção Nordeste, indo dar com o rico córrego do Tripuí, descobrindo o "Ouro Preto", cor produzida devido à presença do Óxido de Ferro em sua composição.

 

Miguel Garcia, por sua vez, desce o vale do chamado "Rio da Serra", que corre para o Oeste, paralelamente à aguda escarpa da Serra de Deus Livre. Funda um povoado nessa região, após descobrir ouro de cor amarela, clara, produzida pelo mineral Paládio a ele associado, denominado "Ouro Branco" por simples contraste cromático aparente com o "Ouro Preto" do Tripuí.

 

Ouro Branco foi uma das mais antigas freguesias de Minas, tornada colativa pelo alvará de 16 de fevereiro de 1724, expedido pela Rainha Maria I, durante o governo de Lourenço de Almeida. Nesse período Ouro Branco já possuía considerável importância econômica pela prosperidade de sua população.

 

O ouro extraído em Ouro Branco era desprezível em relação à extração praticada em Ouro Preto. Por essa época, a má qualidade das jazidas auríferas e as dificuldades de exploração, advindas do primitivo processo utilizado, fazem atividade mineradora retroceder.

 

Fonte: Divisão de Cultura

Texto: Elizabeti Márcia Felix R.Oliveira

 

 

Fonte:https://www.ourobranco.mg.gov.br/detalhe-da-materia/info/historia-de-ouro-branco/6495