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sexta-feira, 24 de setembro de 2021

 

Caminho Novo

Na primeira metade do século XVIII, a necessidade de encurtar o caminho entre Minas Gerais e o litoral do Rio de Janeiro e, ao mesmo tempo, aumentar a fiscalização do tráfego das riquezas saídas de Ouro Preto rumo à então capital do Brasil, motivou a abertura de outra estrada. O trajeto, que passou a ser conhecido como Caminho Novo, tinha em um dos extremos o porto do Rio de Janeiro; seguia, então, rumo ao norte, por Petrópolis, Itaipava (seu distrito mais importante), Juiz de Fora e Ouro Branco, até alcançar a cidade que representaria a união dos três percursos da Estrada Real: Ouro Preto. Neste guia o Rio de Janeiro não foi incluído, por merecer uma publicação à parte, tamanhas são sua importância histórica e a quantidade de atrações turísticas. Por isso, para acompanhar a rota, concentre-se sobretudo em Petrópolis.

Instalada na serra dos Órgãos, a região desse município é montanhosa, especialmente recoberta pela mata atlântica, a cerca de 800 metros de altitude. Nos verões do século XIX, Petrópolis era o destino predileto da família imperial. Trata-se de um lugar onde a história está presente em cada detalhe. Viaje ao passado visitando, por exemplo, o Museu Imperial, um edifício neoclássico que abriga memórias do cotidiano da corte. Não deixe de conhecer também o Palácio Rio Negro, sede do governo da província quando Petrópolis era capital do Rio de Janeiro. Outras atrações da cidade são a casa da Princesa Isabel, a catedral de São Pedro de Alcântara, o Palácio de Cristal, a casa de Santos Dumont e o Palácio Quitandinha. Para fechar o tour com chave de ouro, prove as delícias da culinária local. Graças aos impecáveis restaurantes surgidos ali, Petrópolis ganhou o apelido de "Vale dos Gourmets". Nas cercanias da cidade, alguns distritos guardam suas belezas. Itaipava, Corrêas e Araras - para citar apenas três lugares - são pontos ideais para o ecoturismo e a prática de esportes de aventura. Atenção também para o Parque Nacional da Serra dos Órgãos e para a Reserva Biológica de Araras.

Mais ao norte, após percorrer pequenos vilarejos do estado fluminense, você chega a Juiz de Fora, um dos maiores municípios comerciais do estado de Minas Gerais e que preserva importantes edificações históricas brasileiras. Também estão preservadas antigas fazendas da região entre Barbacena, Carandaí, Santana dos Montes e Conselheiro Lafaiete, que abasteciam as vilas mineradoras. Nas proximidades da antiga Vila Rica, os vilarejos de Itatiaia (distrito de Ouro Branco), Chapada e Lavras Novas encantam seus visitantes com o aspecto rústico e singelo de lugares que parecem esquecidos no tempo.

 

Fonte: Estrada Real Alimentação e Hospedagem MasterCard












quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Ave Maria em Tupi



 "Ave Maria" transcrita em tupi pelo Padre JOSÉ DE ANCHIETA (1534-1597, Portugal-Brasil, século XVI).


José de Anchieta era filho de Juan de Anchieta Zelayaran (natural de Urrestilla, bairro de Azpeitia (Guipúzcoa), primo de San Ignacio de Loyola) e de Mencía Díaz de Clavijo y Llerena, descendente de linha materna da nobreza canária, mas ao mesmo tempo filha de um judeu convertido.


José de Anchieta nasceu na cidade de La Laguna, em Tenerife, em 19 de março de 1534. Foi batizado em 7 de abril de 1534 na paróquia de Nuestra Señora de los Remedios (atual Catedral de San Cristóbal de La Laguna). Desde criança demonstrava grande facilidade para realizar trabalhos no campo e no dia a dia.


Em 1548, aos 13 anos, partiu com o irmão Baltasar para Coimbra, em Portugal, a fim de estudar religião na famosa universidade daquela cidade. José tornou-se gradualmente um aluno ilustre, um grande amante da poesia e da boa prosa. Compôs versos em latim, castelhano e português com extrema facilidade, tanto que foi apelidado de "Canário de Coimbra".


Poucos meses antes de sua partida, José havia levado uma pancada casual na coluna, que lhe causou uma doença grave. Assim, foi obrigado a abandonar os estudos e a abandonar a vida religiosa. Um dia, a procurar abrigo na Sé de Coimbra. Então, diante de uma imagem da Virgem, sua vocação missionária foi confirmada. Embora o prior padre Correia se negasse a permitir que fizesse a viagem, José presumia que a Virgem o manteria de pé, tornando suportável a sua doença. Depois de muita insistência e súplica, conseguiu que seus superiores o deixassem ir para o Brasil.

Em maio de 1553 embarcaria, com cinco jesuítas, para o Brasil. Eles chegariam dois meses depois em Salvador de la Bahía de Todos los Santos, para posteriormente serem transferidos para San Vicente. Seu superior, padre Manuel de Nóbrega, o receberia no pequeno povoado de Piratininga.


Segundo a prática missionária da época, José se propôs a aprender a língua indígena do lugar, no caso a língua tupi, na qual escrevia versos e até peças teatrais. Um dia, tendo entrado na selva, ele encontrou alguns índios que estavam torturando um inimigo. Então, aplicando seu conhecimento da língua ameríndia, ele começou a evangelizar os captores até conseguir que libertassem seu prisioneiro. Diz-se que aos 21 anos realizou maravilhas que fascinaram os outros jesuítas, como a levitação ao rezar perante a Virgem, ou iluminar a cabana em que rezava perante imagens sagradas que até lhe respondiam. Ativo e trabalhador, apesar da doença, contribuiu pessoalmente para a construção de novos edifícios religiosos.


Uma anedota conta que, após a expulsão dos franceses da Guanabara, Anchieta e Manuel de Nóbrega instigaram o governador Mem de Sá a prender em 1559 um refugiado huguenote chamado Jacques Le Balleur. O governador não hesitou em condenar o huguenote à morte, condenado por espalhar suas "heresias". Em 1567, Jacques Le Balleur foi levado ao Rio de Janeiro para cumprir essa sentença. Como o carrasco recusou a execução, Anchieta teria estrangulado o huguenote com as próprias mãos. Essa história, entretanto, é considerada uma infusão por parte dos próprios huguenotes, uma vez que os documentos da época se contradizem.


Obra retirada do álbum: MIL SUSPIROS DIÓ MARIA, Música sacra e secular do Renascimento Brasileiro.

Eles interpretam: CONTINENS PARADISI.

Direção: Thais Ohara & Marcelo Ohara.

RICERCAR.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

 

Maio de 1799, Francisco, filho de Domingos Ribeiro de Castro e Joana Rosa de São José. Os padrinhos de Francisco Jeronimo Ribeiro de Castro e Barbara Rosa de São José (solteira).

 

Em 1766 residia no Glória, Manoel Francisco de Paiva casado Margarida Rosa de São José.

Nossa Senhor da Glória – Caranaíba/MG

 

Fonte: Quincas Almeidas