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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

DOMINGOS ALVES DE OLIVEIRA MACIEL

[Queluz- Da Assunção]


1793. Sesmaria de meia légua de terras na freguesia de Queluz terras devolutas, confrontando com terras de Maria Joana, de outro lado com terras do Padre Santa Apolonia (fazenda da Água Limpa), com José Ferreira da Costa.
Livro S. G. 256. Fls. 222
1878. Maria José Praxedes de Melo vendeu à José Augusto Moreira de Mendonça a sua fazenda denominada Maciel, distrito da cidade de Queluz, com cento e tantos alqueires de terra.
1815. O dr. Teotônio Alves de Oliveira Maciel e seu irmão capm. Domingos Alves de Oliveira Maciel venderam ao cap. Manuel Pereira Brandão uma fazenda denominada Palmital, nos subúrbios da vila de Queluz, cuja haviam comprada de Antônio Dutra da Costa; e outra fazenda denominada Caramona, unida a fazenda dos herdeiros de Teodósio Alves Cirino. e pelo sul com terras de João Bento Salgado e ao poente com terras do comprador. Preço: Rs$ 2:600$000.
DOMINGOS ALVES DE OLIVEIRA MACIEL. Foi advogado, deputado e constituinte de 1823. Foi casado com...Filhos: Cel. João Severiano Maciel da Costa, Marques de Queluz, natural de Queluz, foi senador c desembargador, faleceu em 1833. Ver Genealogia Paulistana vol. IV fls. 354.
Dr. José Alves Maciel, que foi um dos inconfidentes, era filho do capitão mor José Alves Maciel (nascido em Portugal) e de Juliana Francisca de Oliveira. João Severiano Maciel da Costa, marques de Queluz, natural de Queluz, foi senador e desembargador. Fal. Fm 1833.
1823. O Dr. Teotônio Alves de Oliveira Maciel, com procuração de seu irmão capitão mor Domingos Alves de Oliveira Maciel, moradores em Ouro Preto, vendeu a Silvério José de Almeida Cardoso a fazenda denominada Ribeirão do Melo, da freguesia de Itaverava: cujas terras dividiam com terras do capitão João José da Silva herdeiros de José Moreira de Aliena fazenda S. Lourenço e do alteres José Sebastião de Meio (fazenda do Paraizo).
João Severiano Maciel da Costa, Marques de Queluz, com grandeza. Em 12 de 1826. Nasceu em Mariana em 1769, e falecido em 19 de novembro de 1833. Foi desembargador, deputado, senador, ministro de Estado, presidente da Baia e governador de Goiana Francesa. Filho do cel. Domingos Alves de Oliveira Maciel e Juliana de Oliveira.





JOSÉ FERREIRA DA COSTA

1793. Sesmaria na freguesia de Queluz; terras partindo com as de Eugenia Rosa do Padre Francisco Pereira de S. Apolônia, dos herdeiros de José da Silveira.
L. S. G. 256, fls. 221 v.
1826. José Ferreira da Costa, que foi casado com Antônia de tal, deixou os filhos: Elisa Pinto Ribeiro, Manuel Pinto Ribeiro, Camilo Pinto Ribeiro, Jacinto Pinto Ribeiro, Ana Maria de S. José, Serafins Maria do Amor Divino, esta foi casada com Antônio de Moraes Borges, e Reinaldo Maria de Jesus, que foi casada com Honório José dos Santos.
1837. Manuel Ferreira da Costa. Disse em seu testamento ser filho de José Ferreira da Costa e Rosa Maria da Silva natural de Piedade dos Gerais; casado com Delfina Cândida de Jesus: tendo os filhos: Delfina, Manuel, Maria, Rosa e Maria Euzébia.




HOMEM DA COSTA
1832. Maria Dias de Carvalho. Test0 Custódio Antunes de Siqueira. Disse em seu testamento ser moradora em Morro do Chapéu Sítio do Castelo, viúva de Mateus Homem da Costa, deixando os filhos: Domingos Dias, morador no Rio Novo do Pomba: Josefa, que foi casada com Joaquim José de Govêa; Manuel: Mariana; Mana que foi casada com Domingos Henrique Pereira: Mateus Homem, morador em Mercês do Pomba; Margarida casada com Joaquim Tavares, moradores no Rio Preto; José Dias, que foi casado no Xopotó; Páscoa, casada com José Alves Vieira moradores no Pomba: Rosa Dias, viúva de João Antônio Henriques, e outros filhos menores. Era filha de João Dias de Carvalho e Francisca Ferreira, natural de Barbacena; e avó de Jacob Henriques Pereira.
1759. Mateus Homem da Costa era filho de Domingos Homem da Costa, é natural da Ilha Terceira, Portugal.
1714. Mateus da Costa foi nomeado cap.-do-mato de toda estrada que ia da Paraíba, no caminho Novo até os campos gerais e daí até Pitangui.
1860. Francisco Antônio da Costa, cap. José Inácio Gomes Barbosa. Disse ser filho de Bernardo Homem da Costa e Maria Luisa Antônia; natural da freguesia de Queluz; foi casado com Bárbara Maria de Resende, tendo os filhos: Manuel Antônio de Resende; Maria Elisena; Josefa Maria de Resende; Ana Antônia de Resende; Francisco, então falecido, que deixou um filho de nome Francisco; Umbelina, viúva; Bárbara maria de Resende, casada com José Inácio Gomes Carneiro; Elisena Maria de Resende; José .Antônio de Resende e Francisco da Costa Resende.
1734. Francisco, filho de Mateus Homem da Costa e Maria Dias de Carvalho; neto paterno de Domingos Homem da
de Santana, casada com Manuel de Vasconcelos; Bernardo Homem da Costa: Francisco; Francisco Homem da Costa e Agostinho Homem da Costa.
1753. Pedro Ferreira de Aguiar e Ana Maria da Conceição batizaram sua filha Bárbara; Neta paterna de Manuel Homem da Costa e Margarida Nenes, naturais de S. Miguel, Ilha Terceira; e materna de Henrique Cardoso Leal e de Maria /Antônia, ele da freguesia de São Miguel e ela da freguesia de São Bartolomeu, todos da Ilha Terceira, bispado de .Angra. Batizado feito em Santo Amaro.
MATEUS HOMEM DA COSTA, em 1755, pagava imposto como residente em S. Amaro. Costa e Catarina Nogueira, naturais de Angra, e materno de Jacob Dias de Carvalho, natural de Braga. Foi batizado pelo padre José Coelho Gato de Amorim.
1799. Maria Luisa Antônia. Inv. Bernardo Homem da Costa.
Filhos: Gabriel Francisco da Costa: Ana Joaquina Rosa. casada com Joaquim José Fernandes Malagueta; Maria Antônia
JOÃO HOMEM DA COSTA, em 1752, pagava imposto por Itaverava.
1805. José .Antunes Vieira e sua mulher Francisca da Fonseca Cabral demandaram contra o capitão mor Manuel Francisco de Oliveira.
José Antunes era filho de Manuel Antunes Vieira. Causa: terras compradas a Domingos da Costa Vieira, no Caetitu.



PATRIMÔNIO DA FAZENDA DO ALVARENGA

1792
O Padre Manuel Vaz de Lima por escritura, fez o distrato da compra que havia feito da fazenda do Alvarenga, da freguesia de Queluz; constante de uma sesmaria de meia légua de terras, que havia feito de Domingos Pereira dos Santos e sua mulher Francisca Maria do Espírito Santo. João Pereira de Lima e sua mulher Joaquina Francisca Antunes, e Manuel dos Anjos Lima, todos moradores no Ribeirão do Melo, freguesia de Itaverava.
A fazenda do Alvarenga foi vendida a Domingos Galvão por Domingos Alvarenga que a havia construído, com engenho, etc. E Domingos Galvão é que requereu e alcançou carta de sesmaria da mesma.
1801. Maria da Costa Rodrigues, mãe de Joaquim Dias Ferreira, vendeu ao padre Joaquim Francisco Arruda capelão em Morro do Chapéu, terras que dividem com DISTRITO DE MORRO DO CHAPÉU o capitão José Alves de Oliveira situadas na barra dos rios Piranga e Piranguinha.
Felisberto Virgolino Martins Pereira comprou a fazenda do Alvarenga de sua irmã D. Bernarda Euzebia do Sacramento. Fazendo parte da compra também uma sesmaria no lugar denominado Contrato e buraco chamado Cachêta (ou Pacheco); cuja fazenda confrontava ao nascente com terras de Laureano de Sousa Moreira, herdeiros de dona Floriana ao sul com terras do Morro do Chapéu, ao poente, com terras de Jerônimo José Fernandes e herdeiros de José Cardoso Linia. (de Buarque. que foi o seu fundador) e com as do Zebrai; e ao norte com as de Saco e com as de Caetano Manuel de Meireles. Felisberto Virgolino vendeu essa fazenda em 4 de maio de 1835, ao major Joaquim Rodrigues  Pereira, pelo preço de quatro contos de reis.
1819. Bernarda Euzebia do Sacramento vendeu a Felisberto Virgolino Martins Pereira terras na Fazenda do Alvarenga, que lhe pertencia como meeira do seu falecido marido capitão Joaquim Pinto Ribeiro. Preço 1:1505000. Bernarda era neta de Páscoa Maria da Ressurreição e irmã de Leonor Felistina e Joaquina Sebastiana. 1757. DOMINGOS GALVÃO, alferes, teve sesmaria na freguesia dos Carijós, fazenda com engenho, que havia comprado a Domingos Alvarenga. Livro S.G. 119, fls. 3.
1802. O padre Manuel Vaz de Lima, morador na fazenda do Alvarenga, promoveu libelo contra João Ribeiro dos Santos, morador na fazenda dos Areias, em companhia de sua mãe. Dizendo haver plantado 4 alqueires de milho e l/meio de arroz no lugar denominado São Pedro, da sua fazenda, e um cavalo russo de réu comeu o milho e o arroz, estragando tudo, estimando o milho em 54 carros, avaliando o alqueire de milho a 2 e meia oitava de ouro, somando 135 oitavas e o arroz em 72 oitavas. Demandaram... Joaquim Pinto Ribeiro foi abonador das custas do réu. Foram inquiridas testemunhas e avaliadores.
José Luis da Silva foi testemunha e disse ser natural da freguesia de São Miguel, e morador na aplicação de Santo Amaro. João Ribeiro dos Santos disse ser natural da aplicação de Morro do Chapéu, casado, com 36 anos, homem branco. 1796. O padre Manuel Vaz de Lima, morador na fazenda do Alvarenga, vendeu a Manuel de Melo Costa a fazenda Carandaí. cujas terras dividiam com as do mestre de campo Inácio Corrêa Pamplona, com Domingos da Costa Cunha, com a viúva de José Tavares de Melo e com o alferes Manuel Pereira de Azevedo. Constante de uma sesmaria.
Bento Gomes, casado era 1788 em Atibaia, com Manuela Vaz, filha de Domingos Vaz de Lika e Mariana do Prado Siqueira, neto paterno de Manuel Vaz de Lima e de Luisa Pedroso. Neto materno de João Pinto Guedes e de Sebastiana do Prado. Bento Gomes, casado em 1788, em Atibaia, com Manuela Vaz, da família Domingos Vaz de Lima, e de Mariana do Prado Siqueira. Neto paterno de Manuel Vaz de Lima e de Luisa Pedroso. Neto materno de João Pinto Guedes e de Sebastiana do Prado. Maria Leme foi casada com Gaspar Vaz de Lima, natural de Santos, filho de Manuel Vaz de Lima e Luisa Fernandes de Oliveira. Família natural de Lamego. Moradores em S. Paulo de outrora.
 fonte:texto de cartas de SESMARIAS, de JOAQUIM RODRIGUES  DE ALMEIDA, serviço de digitação biblioteca ANTÔNIO PERDIGÃO MUSEU E ARQUIVO DA CIDADE DE CONSELHEIRO LAFAIETE-MG

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Manoel Rodrigues da Costa (Padre)




Manoel Rodrigues da Costa (Padre) – Nasceu em Queluz (Conselheiro Lafaiete/MG) no dia, 2 de julho de 1754 e faleceu em Barbacena no dia 19 de janeiro de 1844). Estudou no Seminário da cidade de Mariana e ordenou-se padre em 1780. Sempre residiu na sua fazenda do Registro Velho, no atual município de Antônio Carlos, na época ainda parte de Barbacena. Nessa fazenda, hospedou Joaquim José da Silva Xavier, que o convenceu a participar na Inconfidência Mineira. Após a delação de Joaquim Silvério dos Reis, foi condenado a degredo de dez anos em Lisboa, em dependências eclesiásticas. Também foram confiscados muitos de seus bens, dentre os quais metade da fazenda Tapera, um título de terras minerais, sua rica biblioteca, móveis, utensílios domésticos, dois escravos, tabaco e uma batina, que atualmente está exposta no Museu da Inconfidência, em Ouro Preto. A Fazenda do Registro Velho foi preservada por ser meação da sua mãe. Depois de seu retorno ao Brasil, dedicou-se à administração da fazenda Registro Velho. Atuou também como industrial, tendo fundado uma tecelagem e se dedicado à fabricação de vinho e óleo de oliva. Auguste de Saint-Hilaire, em sua viagem por Minas Gerais, visitou-o e escreveu que o padre havia trazido de Portugal máquinas para fazer tecidos, utilizando lã de ovelha e linho, que produzia em suas terras. Estes seus projetos, no entanto, não foram bem-sucedidos. Nesta época também se tornou um dos primeiros sócios do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro - IHGB. Em sequência à Revolução Liberal do Porto, foi eleito para as Cortes Gerais Extraordinárias e Constituintes da Nação Portuguesa em 1820. Ao mesmo tempo, participou ativamente nos acontecimentos que levaram ao "Fico" e à Independência do Brasil. Depois da Independência do Brasil, elegeu-se deputado por Minas Gerais à Assembleia Constituinte de 1823 e reelegeu-se para a Legislatura Ordinária de 1826, embora não tenha servido este último mandato. Em 1831, Dom Pedro I, que o admirava, hospedou-se na fazenda do Registro Velho, condecorou-o com as Ordens de Cristo e do Cruzeiro e o nomeou cônego da Capela Imperial. Foi o último dos inconfidentes a falecer. Foi sepultado na igreja matriz de Barbacena, no entanto, seus restos mortais foram perdidos durante a reforma dessa igreja no século XX. Resumindo: foi um sacerdote católico, revolucionário e político brasileiro que participou da Inconfidência Mineira e da Primeira Assembleia Nacional Constituinte do Brasil.



FONTE: Aexam – Associacao dos ex alunos dos Seminarios de Mariana

terça-feira, 25 de outubro de 2016

MANUEL VAZ DE LIMA, Padre[Fazenda do Alvarenga (riscado) -Morro do Chapéu]


Em 1798 promoveu ação contra o capitão Manuel Ribeiro da Rocha. O autor contratou com os oficiais de carpinteiro Alexandre Dias dos Santos e José Luís a construção de uma roda para seu engenho de cana, 7 carros. 2 moinhos e uma casa. E tendo disso notícia o réu, este procurou o autor propondo-se com insistência para fazer essas obras, pelo mesmo preço que já havia contratado, de 110 oitavas de ouro. O autor sabendo que o réu não era bem recomendado, esquivou-se; mas o réu prevalecendo-se de pessoas amigas e até da mãe do autor cedeu a transferir para este as referidas obras, e isso de acordo com contratantes anteriores. O réu não concluiu as obras no tempo marcado e desapareceu da casa do autou (autor), dando este grande prejuízo.
 1869. Jenoveva Rosa de Melo. Suplicantes e suplicados:1º Elói Evangelista Vaz de Lima e sua mulher Maria Augusta de Lima- genro e filha da mesma; 2º Joaquim Floribelo e sua mulher Maria José de Santana; 3º João Florisbelo e sua mulher Carlota Nemesis de Castro; 4º Carolina de Almeida e de cujo consórcio ficaram os filhos: 1º Adelaide Augusta, que casou com José Antônio de Meireles, 2º Lívia que casou com Manuel Ricardo Vieira, 3º Maria Augusta Flores de Lima, que casou com Elói Evangelista Vaz de Lima; 4" Lucas José Pereira Bastos, casado com Marcina Floresbelo.
Casas na fazenda da Lage, Santo Amaro. Faleceu na Faz. Lage.
1851. Jenoveva Rosa de Melo vendeu ao cel. Antônio Rodrigues Pereira terras no lugar chamado Caeté, córrego acima indo dividir com os Macacos e Areião.
1854. João Florisbelo e sua mulher Carlota Nemesis de Castro venderam ao cel. Antonio Rodrigues, terras na fazenda da Paraopeba.
Vaz de Lima. Na Genealogia Paulistana encontra-se registros de família Vaz de Lima, que deve ser tronco de Manuel Vaz de Lima.
1796. O padre Manuel Vaz de Lima, morador na fazenda Alvarenga vendeu a Manuel de Melo Costa a fazenda Carandaí; cujas terras dividiam com as do mestre de campo Inácio Corrêa Pamplona, de Domingos da Cunha, da viúva de José Tavares de Melo, de Manuel Pereira de Azevedo. Constante de uma sesmaria.
1854. Gertrudes Floresbela do nascimento. Test. Cândido Virgílio de Lima, genro da mesma.

Disse ser natural da Piranguinha, filha de João Rodrigues de Aguiar e Gertrudes Felizarda do Nascimento, natural de freguesia de Barbacena. Foi casada com Manuel Antônio Pinto, tendo com esse 5 filhos Constança, Felícia, Maria, Manuel e Cândido; no estado de viúva teve os filhos: Rosa com João da Costa Soares, e que casou com José do Egito; Angélica Anjelina; Severino José da Silva, morador na vila de Queluz, que casou com Joana da Ressurreição; Constança, casada com Placedino José de Marcenes; seu neto Antonio Absalão Getulio, filho dos últimos, foi seu testamenteiro. Então morava na fazenda da Chácara, da vila de Queluz.
Em 1792, o Padre Manuel Vaz de Lima morava no Alvarenga e era advogado em Queluz.






Maria Angélica de São José

Batizada na Matriz de Queluz de Minas a 28 de outubro de 1932, seus pais, Januário José Barbosa e Eufásia Esméria de São José, casada no ano de 1858 com Francisco Ribeiro de Castro ( meu Tetravô) na Fazenda Lagoinha atualmente Violeiros – Conselheiro Lafaiete – Minhas Gerais – Brasil

Fonte: Manuscritos do Jornalista Joaquim Rodrigues de Almeida “Quincas Almeida” “ Sesmarias”
Serviço de digitalização do manuscrito Museu Antônio Perdigão Conselheiro Lafaiete – Minas Gerais

sábado, 22 de outubro de 2016


Primeiro capelão (1795-1800): P. Jacó Henriques Pereira

(1747-1825)



P. Jacó Henriques Pereira, primogênito do casal José Henriques e Rosa Maria de São José, nasceu na Fazenda do Patrimônio, assim apelidada por ser-lhe patrimônio de sacerdócio, ordem clerical que recebeu no Rio de Janeiro por imposição das mãos de Dom Frei Antônio de Guadalupe (O.F.M), desde que corria vacante a Sé Marianense (1771-78). Ignoram-se as datas de seu nascimento e do batizado senão que foram em 1747, o último na Capela de Santana do Morro do Giapéu (hoje dos Montes). Padrinho: Jacó Dias de Carvalho, um dos quatro procuradores encarregados da construção da "Igreja Nova" (1726) de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo, Barbacena em 1791.
P. Jacó exerceu cargo de capelão em Nossa Senhora da Glória (Caranaíba), nas Mercês da paróquia de São Manuel do Rio da Pomba e do Peixe dos índios Coropós e Coroados, de Santana do Morro do Chapéu, Quando cura de Nossa Senhora das Mercês, seu primeiro capelão, instituiu-lhe o patrimônio (10-X-1791). Em 1800 deixou Capela Nova para ser coadjutor, na nova paróquia do Rio Pomba, de seu primeiro vigário, P. Manuel de Jesus Maria, notável evangelizador e impertérrito defensor dos aborígines Coropós e Coroados daquela região de Minas Gerais. Sobre atestado de óbito ou testamento de P. Jacó nada se sabe, nem mesmo a data de sua morte por volta de 1824-25.
O segundo filho do casal José Henriques e Rosa Maria de São José, Manuel Henriques Pereira Brandão casado com Maria Dias de Carvalho (1775 ?), na Fazenda do Patrimônio, sob as bênçãos de P. Jacó, teve um filho de nome Domingos Henriques Gusmão, homem profundamente religioso e dedicado à Igreja. Em Capela Nova ele reorganizou em 1843 a Irmandade do SS. Sacramento que dirigiu por dois mandatos seguidos. Durante o primeiro decênio do século XIX P. Jacó e seu sobrinho Domingos H. Gusmão mais alguns outros membros da família transferiram-se, aos poucos, para a zona da Mata. Em 1865 chegaram a constituir a Fazenda do Rio Pardo, surgindo então o Arraial de Nossa Senhora da Piedade, hoje Piacatuba. Bem antes, Domingos H. de Gusmão, Antônio Dutra Nicácio e Domingos Ferreira Marques levantaram uma ermida sob invocação de São João Nepomuceno, conhecida como Capela do Rio Novo de Baixo. Em 1811 a Capela com orago do mártir (por causa do sigilo da confissão sacramentai) da Tchecoslováquia (Boêmia) fora confirmada canonica-mente, em 1841 foi elevada a vila e paróquia. A imagem de São João Nepomuceno foi levada pelo P. Jacó, da Fazenda do Patrimônio para lá - era o santo de devoção da Família Henriques.

Fontes: Extraída do Livro História de Capela Nova (1970-1990)
Padre José Vicente César, SVDJ; e dos manuscritos do Padre José Duarte de Souza Albuquerque

          


Imagem da internet SÃO JOÃO NEPOMUCENO TCHECOSLOVÁQUIA (BOÊMIA)

sexta-feira, 21 de outubro de 2016



SANTANA DOS MONTES-MG,CASA DO MEU AMIGO CELINO"SANSÃ0''






 ‘’Primeiro vigário colado de Carijós – Minas Gerais , reverendo Simão Caetano de Moraes Barreto aos 25 de setembro de 1774, natural da frequesia de São Faustino de Vizella  termo de Guimaraes arcebispado de Braga – Portugal. Seus pais foram David de Castro Salgado Escolástica de Moraes Barreto, sua irmã, Gertrudes Tereza de Castro Villa Boas, casada em 09 de outubro de 1746 com seu primo Felix Antônio Moraes Barreto.


FONTE: Padre José Duarte de Souza Albuquerque
Salvo 22 de dezembro de 1978
Conselheiro Lafaiete-MG


Subsídios e pesquisas feitas pelo padre no arquivo paroquial e no fórum de Conselheiro Lafaiete. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Antigas fazendas da região da FREGUEZIA de QUELUZ e seus distritos.



  • FAZENDA DA TAPERA – São José do Carrapicho (Joselândia-MG)
José Antônio de Oliveira Melo
Seu segundo filho Antônio José Gonçalves de Oliveira (meu trisavô)
X
Maria Augusta de Oliveira Flores de Lima (Minha Trisavó)

Fonte: Manuscritos do pesquisador e jornalista Joaquim Rodrigues de Almeida.
Síntese de Cartas de Sesmarias serviços digitalização.
Biblioteca Antônio Perdigão, Museu e Arquivo da Cidade de Conselheiro Lafaiete – MG.


  • FAZENDA DO SR. BENTO JOSÉ DE OLIVEIRA, na época situava-se no local próximo que era chamado de ALFAIATES, depois do rio PINTA-PAU, que pertenceu ao Sr. Bento José de Oliveira, que era neto de José Anacleto de Oliveira, um dos fundadores de São José do Carrapicho (Joselândia – MG)



Fonte: Livro Laços de Família BH/Ano 2013 – 03, pag. 51
Autora: VILLELA, Ilka de Castro Moreira

terça-feira, 18 de outubro de 2016

PADRE ANTÔNIO PEREIRA HENRIQUES

‘’Fez parte e pertenceu a inconfidência mineira, ficou preso na cadeia de Vila Rica e depois recolhido para Ilha das Cobras , 12 de janeiro de 1777’’
Fonte: Livro: Historia Media de Minas Gerais

Autor: Diogo de Vasconcelos (Pág:191)

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

VIAJEI NO TEMPO INTERIOR


Montanhas no Topo
Morro do Chapéu
Serra do Mau- Cabelo
Pedra Menina

Capela Nova
Das Dores
Fazenda Patrimônio
Jose Henriques

Itaverava Pedra Brilhante
Fundão das Goiabas
Marília Dirceo’
Padre Taborda

São José do Carrapicho
Glória Campinho
Queluz Revolução Liberal
Marciano Pereira Brandão

Ouro Branco
Manoel Henriques
Mão de Luva
Desbravador Solitário

Ouro e Sonhos
Fantasias Solidão
Sesmarias Ecológica
Viajei no Tempo

FOTO: IMAGEM DA INTERNET.SANTANA DOS MONTES
GERALDO CASTRO (DIAY NIRA)

Conselheiro Lafaiete 12 de julho de 2016

A Família Ribeiro de Castro cruzaram o oceano e aportaram na Real Vila de Queluz, desbravador Jerônimo Ribeiro de Castro.
Em 05/02/1759, em Queluz, foi Batizado Joaquim, filho de Jerônimo Ribeiro de Castro e Rosa Maria de Jesus, Neto Paterno de Francisco Ribeiro e Maria de Castro, ambos naturais de Guimarães – Portugal e Materno de Domingos Francisco Campos, natural de Barcelos e Maria Pereira de Miranda – Natural do Faial – Portugal.




FONTE: Manuscrito do Jornalista e Pesquisador Joaquim Rodrigues de Almeida (Quincas Almeida), Serviço de Digitação, biblioteca Antonio Perdigão, Museu e Arquivo da Cidade de Conselheiro Lafaiete – MG Brasil. 

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Queluz de Minas



Olhar na história
Arte nos Campos
Canção da Luz
Relação Ambiental
 Raiz cultural
 Berço Queluz
 Resgate Terra
Revolução Liberal
 Presença Emoção
Desejos Mistério
Caminho Real
Prosa e Canto

Estrela Distante

 Brilho Intenso
 Praça do Povo
 Barão de Queluz  
Sonho Viagens
 Cantando rezando 
Jardim igreja
melodia  queluziana

Geraldo Castro (Diay Nira)
Conselheiro Lafaiete, 2 de Setembro de 2011.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

JOÃO ANTÔNIO HENRIQUES
[Morro do Chapéu - Entre Capela Nova passa no Palmeira - herdeiros de José de Sousa - 1829]



     Em 1794 foi demarcada uma sesmaria no Ribeirão do Pedroso da Aplicação de Santana do Morro do Chapéu; confrontando com o padre Jacó Henriques, Domingos Henriques, Jerônimo de Sousa, José Alves, Joaquim Antônio Vieira, João Antunes Sodré, e José Gomes da Silva. Jacó filho órfão de Manuel Raposo também foi citado.

     João Antônio Henriques e sua mulher ROSA DIAS DE SANTA GERTRUDES dos quais eram filhos Manoel Henriques Pereira o Pe Jacob Henriques Pereira era dono da fazenda do Ribeirão das Jabuticabas da Capela Nova das Dores, fizeram doação a capela de Nossa Senhora das Dores, daquela Aplicação, do Patrimônio de 20$mil réis anuais dando como segurança a fazenda de suas propriedades. Por mortes destes doadores a fazenda foi repartida pelos herdeiros tornando-se quase impossível a arrecadação dessa importância devido a prole grande dos herdeiros sucessores. O Pe. Jacob Henrique comprou então 22 alqueires de terra vizinhas a Capela e deu-se em troca do patrimônio oferecidos pelos seus pais tendo sido nomeado fiscal da curia para fazer essa troca o Padre Antônio Ribeiro de Andrade.

     Os doadores ficaram com direito a duas sepulturas perpétuas.



FONTE: Texto de Cartas de Sesmarias de Joaquim Rodrigues de Almeida, Serviço de Digitação Biblioteca Antonio Perdigão Museu e Arquivo da cidade de Conselheiro Lafaiete-MG.

quinta-feira, 6 de outubro de 2016


ORIGEM DO NOME CAPELA NOVA


''Capela Nova tomou este nome a partir de 1790, ocasião em foi construída a Ermida de Nossa Senhora das Dores "atrás da Pedra Menina". Até então, o arraialzinho se chamava LAGOA DO RANCHO em cujas orlas existia uma aldeia de índios, e foi levado a um rancho de tropeiros, porque nesta lagoa convergiam as estradas que vinham de Barbacena e Conselheiro Lafaiete (Campo Alegre dos Carijós), continuando para Alto Rio Doce (São José do Xopotó) e Rio Espera. Anteriores à CAPELA NOVA ergueram-se várias outras capelas e ermidas nas vizinhanças: Santo Amaro, hoje Queluzito; Nossa Senhora das Dores de Carandaí, Santana do Morro do Chapéu; Nossa Senhora da Glória; Nossa Senhora dos Remédios; Rio Espera; Alto Rio Doce; Nossa Senhora Mãe dos Homens do Bom jardim.
Seis quilômetros ao norte de Capela Nova, junto ao Rio Piranga, na Fazenda do Patrimônio, funcionava a capela como orago de São João Nepomuceno, construída na década de 1.750, curada pelo Padre Jacó Henriques Pereira.


DO POVOAMENTO À CONSTRUÇÃO

De 1.700 a 1.750 povoou-se rapidamente a região das nascentes do Rio Piranga, Serra da Mantiqueira acima. Não longe do que constituem hoje os limites do atual Município de Capela Nova surgiram algumas capelas e ermidas. De meados do século XVIII devem datar as fazendas da Cahoeira e do Piranga, ambas ao lado  esquerdo e direito respectivamente do Rio Piranga, à altura das rodovias que ligam Capela Nova a Caranaíba e Carandaí.
As três fazendas mais antigas, por sinal as que exerceram papel preponderante na fundação e consolidação do arraial nascente, foram: Fazenda dos COELHOS; Fazenda MAIA, Fazenda JABUTICABEIRAS.
Quando se deu início à construção da futura Capela Nova, 1.790, toda a região se achava povoada por mais de 70 famílias das mais diversas procedências.


A
CONSTRUÇÃO DE CAPELA NOVA

Ao declinar do século XVIII o povoado LAGOA DO RANCHO ou RANCHINHO DA LAGOA experimentara notável progresso. Vários fazendeiros e sitiantes já possuíam, embora rústicas e singelas, algumas moradias ao redor da Lagoa, encruzilhada e passagem obrigatória de tropas e viajantes. Numa suave elevação de terreno onde hoje se ergue a capela-mor da Matriz, elevava-se uma cruz, marco de fé católico os fidelíssimos Reis Lusitanos ao Cristianismo de nossos antepassados.
Com a edificação da Ermida e,posteriormente,da Matriz e suas várias reformas durante o paroquiato de Pe. Manuel Francisco do Carmo (1.875), a cruz primitiva tomou-se "santo cruzeiro" ornado com os emblemas da Paixão de Cristo chantado na frente da igreja, protegido por escadaria semicircular, a uns quinze metros da porta de entrada. Ai permaneceu até 1.939 quando, por escusos imperativos de estética, foi simplesmente demolido.
O resultado da visita que o governador das Minas Gerais fez no dia 27 de outubro de 1.790 foi despachada a provisão de Dom Domingos da Encarnação Pontível, da Ordem de São Domingos, com licença para contribuir unia capela dedicada a Nossa Senhora das Dores "atrás da Serra da Pedra Menina na Aplicação do Morro do Chapéu, da Freguesia de Queluz".
O pedido foi encabeçado por Manuel de Souza 'laia através do vigário Pe. Fortunato Gomes Carneiros Não consta quem doou o terreno para o patrimônio da Capela, o certo e que Souza Mala, Bernardo Coelho e João Antônio Henriques sobressaem como grandes promotores da construção da nova capela.
Coube ao Pe. Jacó Henriques Pereira, determinar e marcar o local exato que seria levantada a igrejinha que teria um patrimônio de 2 alqueires de terras. Esta situava-se entre as estradas provenientes de Barbacena, Queluz e Conselheiro Lafaiete media aproximadamente 20 metros de comprimento por 12 de largura e 5 ou 6 de altura, do frontispício até o arco-cruzeiro. As paredes da frente e de trás de adobes descansando sobre grossos e sólidos baseamentos de pedra; as laterais de pau-a-pique com ripo de coqueiro, e bancadas. Estilo colonial sem torres, 2 janelas na frontaria e nas tribunas laterais, estes poucos abaixo nível do caio. Eram alcançados através de escadas de madeira (Hoje cimento) na Sacristia localizada à direita do altar-mor; à esquerda da capelinha do S.S, Sacramento.
 Logo em 1.791 deu-se inicio às obras da capela, não se sabe, porém quando foi inaugurada nem qual sacerdote nela rezou a primeira missa.
Padre Jacó Henriques Pereira, foi o primeiro capelão, sendo sucedido por Padre Antonio Pereira Lopes e Padre Antônio Campos Maciel.
A imagenzinha em poder da família Lopes de Assis Santos Monteiro serviu, possivelmente, de modelo para a "imagem de vulto" em tamanho natural. Mesmo assentada em seu trono mede 1,30 m. de altura e 75 cm de largura máxima.
 A estátua original, sem os desbastamentos seguidos no o de Janeiro, apresentava ventre mais saliente em estado de gravidez, rosto cheio, pés inchados sobre sandálias sem amarrilhos. E a Virgem Mãe da Expectação do Parto cuja festa da padroeira se celebra em 15 de setembro, Nossa Senhora das Dores, sim, mas gloriosas e vitoriosas como as de seu Divino Filho.

PRIMEIRAS FAMÍLIAS

Segundo pesquisas do Padre José Duarte  de Souza (Pe. Juca, que foi o grande pesquisador da História da região) por volta de 1790, época que foi construída a Ermida de Nossa Senhora das Dores, já habitavam na região as seguintes famílias:
Abranches, Álvares Ribeiro, Antunes Vieira, Araújo, Azevedo, Barros, Basílio Furtado, Braga, Bruno, Campeio, Campos, Coelho, Coelho de Araújo, Cordeiro da Rosa, Costa, Coutinho, Cunha, Dias, Dornelas da Costa, Dutra, Ferreira, Ferreira Barbosa, Ferrara de Viveiros, Furtado de Campos, Furtado de Mendonça, Gomes da Silva, Gomes Ferreira, Gomes Pereira, Gonçalves Chagas, Gonçalves da Rocha, Gonçalves de Figueiredo, Gonçalves de Oliveira, Gonçalves Pereira, Goulart, Guedes de Mendonça, Henriques, Lemos ,Lopes de Faria, Marfins, Martins da Costa, Nunes de Morais, Oliveira, Paiva, Pereira da Silva, Pereira de Souza, Pinto de Queirós Pompéu, Raimundo Ribeiro, Ramos, Rangeu Abreu, Raposo, Ribeiro, Ribeiro de Castro, Rodrigues Braga, Rodrigues de Meio, Rodrigues de Oliveira, Romaldes, Santana, Santiago, Santos, Silva, Silva Vale, Soudré, Soudré Esteves, Souza, Souza Almada, Souza Alves, Souza Maia, Teixeira, Tomé de Souza, Vergueiras, Viveiros.


CAPELA NOVA SE TORNA CIDADE

Os três lustros que intercedem da posse de Pe. José Duarte até a criação do Município de Capela Nova em dezembro de 1.953; representam, dúvidas à parte, o período mais repassado de acontecimentos religiosos e fatores políticos a determinar o surto de progresso material e espiritual daquela modesta Ermida da Senhora das Dores junto à legendária Lagoa do Rancho, atrás da Sena da Pedra Menina. Quase um século da criação da Paróquia em 1856, e meio século de lutas persistentes, à conta de vários e variados tropeços, porque se alcançasse o ideal pacientemente perseguido, o alvo colimado-a independência política de Capela Nova"


FONTE:  Manuscrito Estudos E Pesquisas Do Padre José Duarte De Souza Albuquerque.(Transcrição do trecho do livro do PADRE JOSÉ DUARTE DE SOUZA ALBUQUERQUE)
CONSELHEIRO LAFAIETE MINAS GERAIS - MG
HISTÓRICO

      Os primitivos habitantes da região foram os índios "CARIJÓS". Seus aldeamentos localizavam-se na parte alta da cidade, no local onde se ergue hoje a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
      Embora tivessem sido perseguidos pelo branco na baixada do Rio de Janeiro de onde vieram os índios "Carijós" não se mostraram hostis ao colonizador e desbravador da região, Tanto assim que cooperaram na construção da igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição.
     O elemento indígena colaborou de modo quase nulo no desbravamento e colonização da região. Somente na construção da igreja matriz e de alguns prédios ajudaram os índios com o serviço braçal. Nesse município apenas o distrito de Itaverava herdou seu nome da língua indígena, ou seja, do tupi-guarani. Os desbravadores e colonizadores da região foram elementos portugueses e paulistas que, depois de várias tentativas infrutíferas, conseguiram penetrar nos sertões de Minas Gerais à procura de ouro e pedras preciosas.
      Pertenciam à bandeira de D. Rodrigo que se havia amotinado contra seu comandante supremo, dada sua nacionalidade estrangeira. Localizavam-se ao pé da serra de Ouro Branco na região das Congonhas, que acharam muito aprazível, isto pelo ano de 1681. Estes desbravadores entraram em contacto com os índios" Carijós", que anos antes fugiram da baixada do Rio de Janeiro e penetraram no interior, subindo pelo vale do Paraibuna e estabelecendo-se para dentro da Borda do Campo, numa região verdadeiramente estratégica: - nos altos de um contraforte da Mantiqueira, de onde, com a facilidade, poderiam espraiar-se ou pelo vale do Rio Doce, ou descer para o Paraobeba, ou mesmo tomar a direção do Rio Grande.
     A tal acampamento de índios, assombrados com os horrores dos brancos do litoral, deram o nome de Campo Alegre dos Carijós.
      A expedição de 1683, chefiada por Garcia Rodrigues, já com prática do sertão, porque, como genro de Fernão Dias, o acompanhara na sua famosa caça às esmeraldas, fracassou lamentavelmente, talvez, por ter-se intrometido muito pelo norte, beirando o Guaicuí, e deixando à sua direita e esquerda os veios auríferos.
     Incontestável, entretanto, é que, daí por diante, entre os paulistas, principalmente entre os taubateanos, se arraigou a convicção da existência do ouro nos sertões dos cataguás. Parece que o encontro das primeiras pepitas auríferas se verificou no Tripuí, próximo do Campo Alegre dos Carijós.
      Urna dessas expedições chegadas à região em busca de ouro do Tripuí, foi a de José Gomes de Oliveira, ajudado por Vicente Lopes, o qual, da Itaverava por diante, perdeu o rumo do Itacolomi tão próximo e acabou mandando pedir socorro a Taubaté.
     Em seu auxílio partiu Antônio Rodrigues Arzão. Chegando, porém, a Itaverava tomou também caminhos errados, descendo o Piranga e indo dar ao rio Casca (1692) dali descendo o vale do Rio Doce até a vila do Espírito Santos, com resultados de algumas pintas de ouro que colhera ao pé da Pedra Menina. Antes de morrer, em São Paulo, logo depois de sua chegada, ainda teve tempo de confiar ao seu cunhado Bartolomeu Bueno de Siqueira, o segredo da descoberta das pintas de ouro que trouxera do Tripuí. Bartolomeu Bueno de Siqueira rumou para Taubaté, e, com o auxílio de amigos, parentes de Miguel Garcia de Almeida Cunha, subiu em 1694, para Itavera, onde a bandeira se deteve e lançou plantações, para mais tranquilamente explorar e observar as redondezas, em busca do Itacolomi.
      Essa bandeira constituí o ponto de partida oficial da descoberta do ouro nas "gerais" e trouxe como consequência o povoamento intenso da região.
     Esse primeiro ouro, regularmente manifestado, foi extraído dentro do território de Conselheiro Lafaiete.
     As minas gerais do Cataguás, com o tempo, perderam o nome tão característico dos índios que habitavam a região e ficaram na história conhecidas apenas como as "Minas Gerais" capitania, província, e hoje Estado.
     O nome dos primeiros habitantes desta região onde foi manifestado o primeiro ouro, ficou todavia gravado no modestíssimo arraial Catauá, perdido entre Lagoa Dourada e João Ribeiro (hoje Entre Rios de Minas), e que pertenceu outrora ao município de Conselheiro Lafaiete. Foi Também o nome da histórica Fazenda Engenho Velho dos Cataguá, que até 1939 pertencia ao município de Conselheiro Lafaiete e então passou para o de Lagoa Dourada.
      A aldeia do Campo Alegre dos Carijós, localizada justamente no ponto de intercessão do país dos Cataguás e das Congonhas, constitui durante alguns anos, na fase estrepitosa e turbulenta que se segui à notícia exata dos primeiros descobertos, a entrada obrigatória para quem demandava Itaverava — meta dos bandeirantes que se seguiram a Bartolomeu Bueno e Miguel Garcia. Daí a razão do seu povoamento, importância e desenvolvimento, antes mesmo da Vila Rica, Mariana, Caeté, Pitangui e outros povoados que foram abertos com o trabalho das minas. O antigo aldeamento de índios Carijós, rapidamente se transformou num arraial de aventureiros de toda casta, predominante paulistas, que foram os pioneiros das descobertas.
      As ondas bandeirantes eram atraídas pelas miragens, ou de Gualacha, ou do Ouro Prêto, ou do Tripuí, ou do Pitangui, de modo que, chegando ao Campo Alegre dos Carijós, e conferindo as notícias e rumos, tratavam logo de, rumar através da Itaverava, para o norte e o leste ou para o poente, atrás de veios e filões cada vez mais distantes, deixando, porém, de examinar, com atenção as redondezas do arraial. Os vales que escorrem da Serra de Ouro Branco e da Caixeta e descem pela região das Congonhas, passando rente aos limites do Campo Alegre dos Carijós, eram pisados constantemente pelos desbravadores que nenhuma importância deram, no começo, aos cascalhos e às areias dos córregos da Varginha, Ouro Branco, Soledade, Gagé e Maranhão, afluentes e subafluentes do Paraopeba, e onde, no meado do século XVIII, foram exploradas e extraídas quantidades formidáveis do precioso metal.
     Quando tal ocorreu, os paulistas logo se apossaram das terras, e daí datam as primeiras concessões de terrenos aos mineradores Jeronimo Pimentel Salgado e Amaro Ribeiro.
      O progresso e o povoamento da nova capitania que acabou desmembrada da de São Paulo, tal a importância das minerações para o erário lusitano, acarretou inevitavelmente para o poder público a necessidade de pôr em vigor leis e justiças regulares e criar zonas de administração local. O novo território foi então dividido e retalhado em comarcas e vilas.
     Assim foram surgindo as vilas e comarcas de Mariana, Vila Rica, São José do Rio das Mortes e outras.
      Por volta de 1790, quando o ouro diminuía em outras regiões da capitania e quando os quintos já viviam em sensível atraso, com ameaças de derrama e outras medidas fiscais draconeanas, estava em pleno florescimento o trabalho das explorações.
      Surgiu aí o fato curioso, que deu origem à criação da Vila, isto é, à autonomia administrativa deste recanto mineiro.
      Justamente no arraial do Campo Alegre dos Carijós, e circunvizinhanças se entrecortavam os liinites ao princípio das vilas e comarcas do Ribeirão do Carmo, Vila Rica e São José do Río das Mortes. E disso resultavam não raro e repetidos incômodos, com graves transtornos para os particulares e para o poder público. Conflitos de jurisdição. Confusões judiciárias. Evasões contínuas de impostos. Impunidades constantes dos crimes, cujos autores saltavam propositadamente da alça de um juiz para outro.
     O Governador Visconde de Barbacena atendendo a tão lamentável estado de coisas, que lhe foi bem exposto em súplicas verbais e escritas, submeteu as representações dos bons moradores do Campo alegre ao Conselho Ultramarinho e, por ato regular, à Rainha Dona Maria, foi servida de deferir, as duas sugestões, mandando criar a Real Vila de Queluz, o nome escolhido pelo fato de ter sido assinado o documento quando se achava a Rainha enferma, e no Palácio de Queluz.
     Sucessivos desmembramentos e retaliações, com o correr dos anos, durante monarquia e a república, a bem do interesse público e acompanhado o desenvolvimento de outras localidades, reduziram muito a área do município.
      Ainda assim, conserva, dentro das suas atuais lides, os marcos mais interessantes da história das minas gerais dos cataguás: - das Taipas à Itaverava, das margens do Piranga às do Paraopeba, o município encerra ainda o trecho do território mineiro onde se verificaram as mais palpitantes cenas de grande epopéia das descobertas do ouro, e onde a tenacidade indomável do paulista encontrou e documentou, por forma que a história conserva, o primeiro ouro das minas.
     Em 1886, Queluz passou a ter foros de cidade, pela Lei provincial n°1276.
     Pelo Decreto-lei n° 11274, de 27 de março de 1934, passou o município de Queluz a denominar-se Conselheiro Lafaiete, em homenagem á memória do grande jurisconsulto, político e homem de Estado, Conselheiro Lafaiete Rodrigues Pereira, que nasceu no município.
      Desde que, no passado, a Estrada dc Ferro Central do Brasil alcançou a cidade de Queluz, a estação dessa via férrea foi denominada Lafaiete, já em homenagem aquele eminente filho do município.
      Dada essa circunstância e porque a estação está localizada na parte baixa da cidade, que é muito acidentada, o povo passou a denomina-la Lafaiete, e à parte alta, Queluz.
      Pelo fato de existir a cidade de Queluz também em São Paulo, havia confusão nas correspondências. Essa circunstância atuou também para a mudança do nome de Queluz para Conselheiro Lafaiete.
     A cidade tem no passado história relevante, sendo notável a página de heroísmo que assinala na Revolução Liberal de 1842.
     A cidade destacou-se então como baluarte liberal, sofrendo as tropas legalistas, em Queluz, uma grande derrota.
     Na era republicana destacou-se Conselheiro Lafaiete (então ainda Queluz) na memorável campanha civilista de Ruy Barbosa, em 1910.

GENTÍLICO: LAFAIETENSE

FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

       Distrito criado com a denominação de Queluz, por ordem régia ou alvará de 1752, e lei estadual n° 14-09-1891.
        Elevado à categoria de vila com a denominação de Queluz, em 19-09-1790 ou alvará de 1791, desmembrado de São João Del Rei (Mais Tarde Tiradentes).
       Pela lei provincial n° 184, de 03-04-1840, e lei estadual n° 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Catas Altas da Noruega e anexado a vila de Queluz.
       Pela lei provincial n° 767, de 02-05-1856, e lei estadual n° 2. de 14-09-1891, é criado o distrito de Capela Nova das Dores e anexado a vila de Queluz.
       Pela lei provincial n° 907, de 08-06-1858, e lei estadual n° 2, de 14-09-1891. é criado o distrito de Santo Amaro e anexado ao município a vila de Queluz
        Pela lei provincial n° 1048, de 06-07-1859, e lei estadual n° 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Lamim e anexado a vila de Queluz.
       Pela lei provincial n° 2085, de 24-12-1874, e lei estadual n° 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Santana do Morro do Chapéu e anexado a vila de Queluz.
       Elevado à condição de cidade com a denominação de Queluz, pela lei municipal 1276, de 02-01-1866.
       Pela lei provincial n° 2848, de 25-10-1881, e lei estadual n° 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de Carrapicho e anexado ao município de Queluz.
        Pela lei provincial n° 2944, de 23-09-1882, e lei estadual n' 2, dc 14-09-1891, é criado o distrito de Glória e anexado ao município de Queluz.
       Pela lei estadual n° 2, de 14-09-1891, é criado o distrito de São Caetano do Paraopeba e anexado ao município de Queluz.
       Pela lei estadual n° 556, de 30-08-1911, é criado o distrito de Cristiano Otoni e anexado ao município.
       Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído 12 distritos: Queluz, Carrapicho, Catas Altas da Noruega, Capela Nova das Dores, Cristiano Otoni, Glória, Itaverava, Lamim, Morro do Chapéu, Redondo, Santo Amaro e São Caetano do Paraopeba.
       Pela lei estadual n° 723, de 30-09-1918, o distrito de Glória tomou o nome de Caranaíba e o distrito de Redondo passou a chamar-se Alto Maranhão.
       Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o município aparece constituído de 13 distritos: Queluz, Alto Maranhão (ex-Redondo), Capela Nova das Dores,
      Caranaíba (ex-Glória), Catas Altas da Noruega, Cristiano Otoni, Itaverava, Lamim, Santana do Morro do Chapéu (ex-Morro do Chapéu), Santo Amaro, São Caetano do Paraveba, São João de Carrapicho (ex-Carrapicho),
      Pela lei estadual n° 823, de -07-09-1923, o município de Queluz sofreu as seguintes modifiações: desmembra do município de Queluz os distritos de Capela Nova das Dores e Caranaíba, para formar o novo município de Carandaí. E ainda pela mesma lei é extinto o distrito de São João do Carrapicho, sendo seu território anexado ao distrito de Itaverava do município de Queluz E os distritoS de São Caetano do Paraopeba tomou o nome de Casa Grande e Santana do Morro do Chapéu passou a chamar-se Morro do Chapéu e ainda adquiriu do município de Ouro Preto o distrito de Congonhas do Campo.
      Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 10 distritos: Queluz, Alto Maranhão, Casa Grande (ex-São Caetano do Paraopeba), Catas Altas da Noruega, Congonhas do Campo, Cristiano Otoni, Itaverava, Lamin, Morro do Chapéu (ex-Santana do Morro do Chapéu) e Santo Amaro.
       Pelo decreto-lei estadual n° 11274, de 27-03-1934, o município de Queluz tomou o nome de Conselheiro Lafaiete. Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31 X11-1937, o município é constituído de 10 distritos: Conselheiro Lafaiete (ex-Queluz), Alto Maranhão, Casa Grande (ex-São Caetano do Paraopeba), Catas Altas da Noruega, Congonhas do Campo, Cristiano Otoni, Itaverava, Lamin, Morro do Chapéu e Santo Amaro.
        Pelo decreto-lei estadual n° 148, de 17-12-1938, o município sofreu as seguintes modificações:. desmembra do município de Conselheiro Lafaiete o distrito de Congonhas do Campo. Elevado à categoria de município. E ainda os distritos de Lamim foi transferido do município de Conselheiro Lafaiete para o novo município de Rio Espera e Casa Grande para o município de Lagoa Dourada.
        No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 6 distritos: Conselheiro Lafaiete, Alto Maranhão, Catas Altas da Noruega, Cristiano Otoni, Itaverava, o Morro do Chapéu e Santo Amaro.
       Pelo decreto-lei estadual n° 1058, de 31-12-1943, o distrito de Alto Maranhão foi transferido do município de Conselheiro Lafaiete para o novo município de Congonhas do Campo e os distritos de Alto Maranhão tomou o nome de Catauá e Santo Amaro a chamar-se Queluzito.
        No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído de 6 distritos: Conselheiro Lafaiete, Catas Altas da Noruega, Catauá (ex-Alto Maranhão), Cristiano Otoni, Itaverava, Queluzito (ex-Santo Amaro).
       Pela lei estadual n° 336, de 27-12-1948, o distrito de Catauá teve sua denominação alterada para Santana dos Montes e o distrito de Queluzito teve sua grafia alterada para Quelizita
       Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 6 distritos: Conselheiro Lafaiete, Catas Altas da Noruega, Cristiano Otoni, Itaverava, Queluzita (ex-Queluzito) Santana dos Montes (ex-Catauá).
        Pela lei estadual n° 1039, de 12-12-1953, são criados os distritos de Buarque de Macedo e Joselândia e anexados ao município de Conselheiro Lafaiete.
        Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 8 distritos: Conselheiro Lafaiete, Buarque de Macedo, Catas Altas da Noruega, Cristiano Otoni, Itaverava, Joselândia, Queluzita e Santana dos Montes.
        Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
       Pela lei estadual n° 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Conselheiro Lafaiete os distritos de Catas da Noruega, Cristiano Otoni, Itaverava, Queluzita, todos elevados á categoria de município. E ainda pela mesma lei desmembram do município de Conselheiro Lafaiete os distritos de Santana dos Montes e Joselândia, para constituir o novo município de Santana dos Montes.
       Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Conselheiro Lafaiete e Buarque de Macedo.
        Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

ALTERAÇÃO TOPONÍMICA MUNICIPAL

       Queluz para conselheiro Lafaiete, alterado pelo decreto-lei estadual n° 11274, de 27-03-1934.


FONTE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros - Volume XXIV ano 1958.