Primeiro capelão (1795-1800): P. Jacó Henriques Pereira
(1747-1825)
(1747-1825)
P.
Jacó Henriques Pereira, primogênito do casal José Henriques e Rosa Maria de São
José, nasceu na Fazenda do Patrimônio, assim apelidada por ser-lhe patrimônio
de sacerdócio, ordem clerical que recebeu no Rio de Janeiro por imposição das
mãos de Dom Frei Antônio de Guadalupe (O.F.M), desde que corria vacante a Sé
Marianense (1771-78). Ignoram-se as datas de seu nascimento e do batizado senão
que foram em 1747, o último na Capela de Santana do Morro do Giapéu (hoje dos
Montes). Padrinho: Jacó Dias de Carvalho, um dos quatro procuradores
encarregados da construção da "Igreja Nova" (1726) de Nossa Senhora
da Piedade da Borda do Campo, Barbacena em 1791.
P.
Jacó exerceu cargo de capelão em Nossa Senhora da Glória (Caranaíba), nas
Mercês da paróquia de São Manuel do Rio da Pomba e do Peixe dos índios Coropós
e Coroados, de Santana do Morro do Chapéu, Quando cura de Nossa Senhora das
Mercês, seu primeiro capelão, instituiu-lhe o patrimônio (10-X-1791). Em 1800
deixou Capela Nova para ser coadjutor, na nova paróquia do Rio Pomba, de seu
primeiro vigário, P. Manuel de Jesus Maria, notável evangelizador e
impertérrito defensor dos aborígines Coropós e Coroados daquela região de Minas
Gerais. Sobre atestado de óbito ou testamento de P. Jacó nada se sabe, nem
mesmo a data de sua morte por volta de 1824-25.
O
segundo filho do casal José Henriques e Rosa Maria de São José, Manuel Henriques
Pereira Brandão casado com Maria Dias de Carvalho (1775 ?), na Fazenda do
Patrimônio, sob as bênçãos de P. Jacó, teve um filho de nome Domingos Henriques
Gusmão, homem profundamente religioso e dedicado à Igreja. Em Capela Nova ele
reorganizou em 1843 a Irmandade do SS. Sacramento que dirigiu por dois mandatos
seguidos. Durante o primeiro decênio do século XIX P. Jacó e seu sobrinho
Domingos H. Gusmão mais alguns outros membros da família transferiram-se, aos
poucos, para a zona da Mata. Em 1865 chegaram a constituir a Fazenda do Rio
Pardo, surgindo então o Arraial de Nossa Senhora da Piedade, hoje Piacatuba.
Bem antes, Domingos H. de Gusmão, Antônio Dutra Nicácio e Domingos Ferreira
Marques levantaram uma ermida sob invocação de São João Nepomuceno, conhecida
como Capela do Rio Novo de Baixo. Em 1811 a Capela com orago do mártir (por
causa do sigilo da confissão sacramentai) da Tchecoslováquia (Boêmia) fora
confirmada canonica-mente, em 1841 foi elevada a vila e paróquia. A imagem de
São João Nepomuceno foi levada pelo P. Jacó, da Fazenda do Patrimônio para lá -
era o santo de devoção da Família Henriques.
Fontes:
Extraída do Livro História de Capela Nova (1970-1990)
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