Christiano Benedito Ottoni
Christiano Benedito Ottoni (1811-1896)
foi um empresário capitão-tenente da Marinha, engenheiro, professor de
Matemática e diretor da Estrada de Ferro Dom Pedro II entre 1858 a 1865
É considerado o pai das estradas de
ferro no Brasil por ter sido o primeiro diretor da Estrada de Ferro Dom Pedro
II e o engenheiro que fez os trilhos subirem a serra do Mar em direção a Minas
Gerais e a São Paulo.
Foi professor da Escola Politécnica de
Engenharia do Rio de Janeiro. Publicou os livros Elementos de Aritmética,
Elementos de Álgebra, Elementos de Geometria e Elementos de Trigonometria, que
foram utilizados no ensino público e privado em todo o país. Publicou também
textos sobre máquinas a vapor, uma biografia de D. Pedro II, uma história da
escravidão no Brasil, e sobre a estrada de ferro no Brasil e a emancipação dos
escravos.
Em 1835 foi eleito deputado geral pela
então província de Minas Gerais, sendo reeleito por diversas vezes. Foi um dos
signatários do Manifesto Republicano em 1870, sendo eleito senador pela
província do Espírito Santo (1879), e, após a Proclamação da República, senador
por Minas Gerais.
Juntamente com o seu irmão Teófilo
Ottoni, participou da Revolução Liberal de 1842 em Minas Gerais, movimento de
rebelião que foi dominado pelo então Barão de Caxias.
Participou também da epopeia de
colonização do vale do Mucuri, último sertão inculto de Minas Gerais, onde, com
grande número de elementos da família Ottoni, iniciou, em 1849, com a criação
da Companhia de Comércio Navegação e Colonização do Mucuri (a primeira
companhia que emitiu ações de Sociedade Anônima no país), uma linha marítima do
Rio de Janeiro até São José do Porto Alegre (atual Mucuri), no litoral sul da
Bahia
Sendo um grande polemista por várias
décadas, de 1845 até à sua morte, apesar de ser ferrenho inimigo político do
Imperador Dom Pedro II, era tido por ele como um grande engenheiro e
administrador.
De sua numerosa descendência, casado que
era com Dona Bárbara Balbina Vieira Maia Otoni, a 30 de novembro de 1837,
nasceram 15 filhós, mas, apenas seis chegaram à maioridade, como Júlio Benedito
Otoni, grande Industrial, proprietário do contrato de iluminação pública da
cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX e que foi também doador para a
Biblioteca Nacional da Coleção Benedito Otoni (1912), a mais importante coleção
de livros sobre o Brasil e a América, já reunida no País.
Fonte: https://ihgmg.org.br/sme/conteudoinstitucional/menuesquerdo/SandBoxItemMenuPaginaConteudo.ew?idPaginaItemMenuConteudo=7611&fbclid=IwAR2nML368I-15iCUGnJ0-YBJYFfgN79gqFviC50l2E6lZHregPhBPTPMT6w
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Ø Neto Raimundo Otoni de Castro Maia tornou-se respeitável
intelectual, bibliófilo e colecionador de obras de arte, criou a mais notável
coleção de livros de arte do País e a Fundação Raimundo Otoni de Castro Maia
que reúne memorável coleção.
Está a história, embora incompleta, do
homem múltiplo, do homem ímpar, que soube engrandecer a família e a Pátria, que
me honra sendo meu Patrono no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
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