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Da antiga Força e Luz até a Cemig, (77)
Da velha caixa d' água até a Copasa, (78)
Do telefone antigo à Telemig (79)
Quanta modernidade em cada casa!
Da jardineira aos ônibus da Sandra... (80)
Famílias do passado e de hoje: os Gandra
Ribeiro, Almeida e tantas outras mais,
Integrantes da história das Gerais.
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Deixar não posso de homenagear
Os imigrantes que aqui aportaram,
Trazendo a experiência d' além-mar
Para esta terra que glorificaram:
Os portugueses mais os africanos,
Franceses, italianos, libaneses,
Espanhóis, alemães, americanos
E, mais recentemente, os japoneses.*
*Nas primeiras edições do Queluzíadas faltavam referências
a várias famílias que se estabeleceram em Queluz e Lafaiete, mas foram
acrescentadas numa das últimas revisões feitas pelo autor, pouco antes de sua
morte. No entanto, como já foi citado neste trabalho, esses últimos acréscimos
se perderam. A título de curiosidade, publicamos abaixo três estrofes que o
acadêmico Carlos Reinado de Souza enviara ao autor, após a primeira edição
deste poema.
Queluzíadas, teus épicos cantos,
Enchem de orgulho nossos corações.
Elogias Queluz e seus encantos
Das famílias faz belas citações.
Os Souzas e os Dias estão listados,
Famílias mui dignas dessa epopéia!
Porém, Souza Dias não são citados,
Nem Dias de Souza nessa odisséia.
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Amano mais Kasai, Todo, Kiyomura; (81)
Mafuz, Muniz, Millioni e Militão;
Loureiro, Laízo, Wolff, Ventura;
Porto, Manduca, Félix, Falcão;
Os Espada, os Fidélis, Rubatino;
Luciolli, Laporte, Martelletto; Lauriano
Janoni, Elias, Sanna e Cupertino;
Dornellas e Drummond, Mena Barreto.
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Rezende, Dutra, Gama, Santiago;
Peres, Cancela, Maia, Reis, Romeiro;
Os Riccieri, Lopes, Silva e Lago;
Teixeira e Vidigal, Lemos, Pinheiro;
Viana, Possas, Marques e Carvalho;
Martins, Coelho, Campos e Ferreira;
Os Monteiro de Castro e os Ramalho;
Os Barros Lana, Andrade e os Nogueira.
Ambas de Buarque, as mesmas raízes.
Em Santo Amaro, surgem pioneiros,
Conservando semelhantes matizes:
São os Reinaldos, velhos companheiros.
Entretanto, capricho do destino,
Uma feliz união muitos viram
Das duas famílias, sem desatino.
Dias de Souza e Reinaldo se uniram.
E geraram proles laboriosas.
Muitos ficaram em terra mineira.
Formando famílias bem numerosas.
Outros, e cada qual à sua maneira,
Buscaram realizar seus caros sonhos,
Migrando para terras bem distantes.
Minas e o Brasil ganharam, risonhos,
Um punhado de bravos militantes!
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Thereza mais Trajano, Franco e Cruz;
Elói, Perrin, Pechincha mais Albino;
Nepomuceno, Freitas e os Ruz;
Os Nogueira de Rezende e os Balbino;
Adami de Carvalho e os Moraes;
Barbosa, Ramos, César, Dias, Lima;
Duarte, Souza, Chaves e outras tais
Que vêm auxiliar-me nesta rima.
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Os Castanheira, Gomes com Beato;
Aleixo, Lobo Leite e Maciel;
Vieira, Antunes, Neiva e os Torquato;
Queiroz mais Azevedo, Pimentel;
Fonseca, Feio, Pires e Verona;
Os Tolentino, os Malta e os Tavares;
Lisboa, Senra, os Paiva e os Pamplona;
Carreira e Brandão, os Mota e Soares.
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Os Gomes Lima, Cury e Xavier
Rodrigues, Albuquerque e os Fernandes
E outras mais, o que nos versos couber:
Ferreira Costa, Melo e os Bernardes;
Estanislau, Moreira e Gonzaga;
Lacerda, Borges, Brito e Casarões;
Os Matozinhos, Flores, Cunha e Braga
(Muitas daqui e de outras regiões).
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Furtado de Mendonça e os Pereira,
Vieira e Mata, Fortes, Sá, Zebral;
Camargos, Neves, os Granha e Junqueira;
Os Damasceno, Assis, Lobo e Leal;
Noronha de Menezes, Figueiredo;
Tinoco e Paz, Batista Perdigão;
Os Machado Sampaio e os Macedo;
Baêta Neves, Dayrell e Leão.
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Ank, Libânio, Hudson, Campolina;
Chagas e Armond, Bandeira e Liberato;
Hoelzle e Veloso, Sena mais Medina;
França, Galvão, os Freire e Emediato;
Passos, Marselha, Murta e os Cançado;
Nery de Pádua, Prates e Corrêa;
Cócolo, Sávio, Vale mais Dourado;
Vassimon, França, Abranches e Gouvêa;
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Brant e Clemente, Lara e os Amorim;
Albino com Cyrino, Dhom, Leroy;
Simões, Henriques, Horta mais Bonfim;
Os Araújo, André, Feijó, Valois;
Stein, Bhering, Dias de Faria;
Os Cabanellas, Coutens e os Vilela;
Botelho mais Coutinho, André e Garcia;
Seabra e Mendes, Rios e Varela;
116
Píramo, Pinho, Sales e Samor;
Maffia, Passos, Paes, Nacife (82) e Coura;
Bem, Alvarenga, Ayres e Castor;
Bastos, Queiroz, Ferraz, Pimenta e Moura;
Belchior, Bedran, Auais e Andrioni;
Castelo Branco, Couto e Biagioni;
Os Bellavinha, Zille e Capichoni;
Vai, Antonucci, Magri, Trevisani.
117
Antoniazzi, Hey, Hilário e Guerra;
Forel Muniz, Buchemi e Giacomin;
Gherardi e os Baumgratz, mais Cal e Terra;
Cabral, Brasiliense e Verdolin;
Bifano mais Miranda, Brum, Dacal;
Caldeira com Vitória, Arruda e Guedes;
Dallavedo va, Vargas e Vidal.
Vou declinar mais nomes se me pedes:
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Canuto e Nascimento, Guimarães;
Miranda, Pena, Arouca e os Meirelles;
Marcenes e Cordeiro, Magalhães;
Leite mais Abreu, Curty, Cunha e Teles;
Carneiro, Vasconcelos e Siqueira;
Os Bittencourt, Leijoto mais Salgado;
Demonte Pontes, os Pinto, Cerqueira;
Goulart, Pacheco, Nunes, Ribas, Prado.
119
Brigolini, Avelar e Celestino;
Os Calazans, Decort e Jakolewsky;
Os Bianchetti, Inácio e Cezarino;
Bavuso e os Nolasco, Snitcowsky;
Os Aragão, os Halfeld e os Arantes;
Os Aguiar, Condé, Grossi e Ganime;
Borba, Ignatos (83), Gaiga mais Abrantes
(Os nomes vão findar, não desanime!)
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Portilho e Carrieri, Ciriano;
Caixeta e Calazans, Sol e Bonotto;
Travesso e os Cidade mais Caetano;
Matheus, Godinho, Cândido, Borotto;
Espinha, Esteves, Lélis, Sacramento;
Os Racioppi, Santos e Romano
(A rima se transforma num tormento!);
Faraco e Normândia, mais Marzano.
121
Santana maisTizon, Godói, Mesquita;
Os Bahia, Melilo, Tolomelli
(Já não encontro mais rimas com ita,
E essa outra é de esfolar a pele!);
Chapuis, Bassi, Tassi e o clã Gonçalves;
Scolari e Piacesi mais Pedroso;
Pacheco e os Mathias Boelsuns, Alves;
Bento, Candian, Filgueiras e Cardoso.
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Arnould e Noben, Moerel e os Silveira;
Mendes, Diniz, Diógenes, Nonato;
Os Alencar, Necose e os Oliveira;
Tinoco, Antunes, Torres e Bonatto;
Mariosa mais Lacerda, Deus, Durão
Cezário, Bank, Svizzero, Al vim;
Morgado e Luz, Lisboa e os Crispim
Miranda, Sol, Medeiros e Antão.
123
Ávila e Rocha, Lagee Amaral;
Peixoto e os Jardim e tantas tais,
Que não mais cabem nesta fraternal,
Forte união de troncos familiais:
De árvores que deram só bons frutos,
Legando-nos seus filhos operosos
E muito ricos de outros atributos,
Na vida cada vez mais vitoriosos.
124
Trouxeram-nos a força de trabalho,
Fincando aqui raiz mais duradoura,
Que só gerou os filhos de bom galho,
Uns no comércio, outros na lavoura,
Alguns na indústria mais se revelando:
Veio o A. Thun (84) naquela luta
humilde;
Indústrias de cerveja em bom comando;
Companhia Industrial Santa Matilde.
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Essa fábrica tão grande, imponente,
Construía os vagões para a Central (85);
A fornalha voraz e inclemente
Que arrastava consigo, em seu caudal,
O manganês tão nobre, de roldão,
Na Queiroz Júnior ou na Ferro Ligas, (86)
Enriquecendo os EUA e o Japão
(Não quero aqui viver velhas intrigas!...)
Fonte: Queluziadas, A história de Queluz e Conselheiro
Lafayette, um verso, de 1694 até a nossa época
Autor: Alberto Libânio Rodrigues
Autor: Alberto Libânio Rodrigues
Eu gosto de ler poesia, pois muitas vezes, a mesma fala diretamente à nossa alma, mas confesso que muito pouco sei sobre a forma, estilo e as exigências gramaticais, que as mesmas por certo têm que seguir. De qualquer forma é um excelente execício mental, para a alma e o espírito de seguir em frente, pela vida. Muito obrigado mesmo, pela informação. Passarei a visitar a página, sempre que quiser uma poesia de qualidade. Obrigadão mesmo!!!!!
ResponderExcluirObrigado por prestigiar nosso blog!!!
ExcluirMaravilhoso!! Ler todos esses sobrenomes juntos e reconhecer vários de meus ancestrais nessas linhas foi gratificante. Obrigada por desencadear essas lindas lembranças que tenho da Zona da Mata Mineira.
ResponderExcluirMuito obrigado por curtir nosso blog é valeu !!
ExcluirObrigado!!
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