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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020


106

Da antiga Força e Luz até a Cemig, (77) 
Da velha caixa d' água até a Copasa, (78) 
Do telefone antigo à Telemig (79) 
Quanta modernidade em cada casa! 
Da jardineira aos ônibus da Sandra... (80) 
Famílias do passado e de hoje: os Gandra 
Ribeiro, Almeida e tantas outras mais, 
Integrantes da história das Gerais.


107

Deixar não posso de homenagear
Os imigrantes que aqui aportaram,
Trazendo a experiência d' além-mar 
Para esta terra que glorificaram: 
Os portugueses mais os africanos, 
Franceses, italianos, libaneses, 
Espanhóis, alemães, americanos 
E, mais recentemente, os japoneses.*


*Nas primeiras edições do Queluzíadas faltavam referências a várias famílias que se estabeleceram em Queluz e Lafaiete, mas foram acrescentadas numa das últimas revisões feitas pelo autor, pouco antes de sua morte. No entanto, como já foi citado neste trabalho, esses últimos acréscimos se perderam. A título de curiosidade, publicamos abaixo três estrofes que o acadêmico Carlos Reinado de Souza enviara ao autor, após a primeira edição deste poema.

Queluzíadas, teus épicos cantos, 
Enchem de orgulho nossos corações. 
Elogias Queluz e seus encantos 
Das famílias faz belas citações. 
Os Souzas e os Dias estão listados,
Famílias mui dignas dessa epopéia!
Porém, Souza Dias não são citados,
Nem Dias de Souza nessa odisséia.


108

Amano mais Kasai, Todo, Kiyomura; (81) 
Mafuz, Muniz, Millioni e Militão; 
Loureiro, Laízo, Wolff, Ventura; 
Porto, Manduca, Félix, Falcão; 
Os Espada, os Fidélis, Rubatino; 
Luciolli, Laporte, Martelletto; Lauriano
Janoni, Elias, Sanna e Cupertino; 
Dornellas e Drummond, Mena Barreto.


109

Rezende, Dutra, Gama, Santiago; 
Peres, Cancela, Maia, Reis, Romeiro; 
Os Riccieri, Lopes, Silva e Lago; 
Teixeira e Vidigal, Lemos, Pinheiro; 
Viana, Possas, Marques e Carvalho; 
Martins, Coelho, Campos e Ferreira; 
Os Monteiro de Castro e os Ramalho; 
Os Barros Lana, Andrade e os Nogueira.



Ambas de Buarque, as mesmas raízes. 
Em Santo Amaro, surgem pioneiros, 
Conservando semelhantes matizes: 
São os Reinaldos, velhos companheiros. 
Entretanto, capricho do destino, 
Uma feliz união muitos viram 
Das duas famílias, sem desatino.
Dias de Souza e Reinaldo se uniram.


E geraram proles laboriosas. 
Muitos ficaram em terra mineira. 
Formando famílias bem numerosas. 
Outros, e cada qual à sua maneira, 
Buscaram realizar seus caros sonhos, 
Migrando para terras bem distantes. 
Minas e o Brasil ganharam, risonhos, 
Um punhado de bravos militantes!



110

Thereza mais Trajano, Franco e Cruz; 
Elói, Perrin, Pechincha mais Albino; 
Nepomuceno, Freitas e os Ruz; 
Os Nogueira de Rezende e os Balbino; 
Adami de Carvalho e os Moraes; 
Barbosa, Ramos, César, Dias, Lima; 
Duarte, Souza, Chaves e outras tais
Que vêm auxiliar-me nesta rima.


111

Os Castanheira, Gomes com Beato; 
Aleixo, Lobo Leite e Maciel; 
Vieira, Antunes, Neiva e os Torquato; 
Queiroz mais Azevedo, Pimentel; 
Fonseca, Feio, Pires e Verona; 
Os Tolentino, os Malta e os Tavares; 
Lisboa, Senra, os Paiva e os Pamplona; 
Carreira e Brandão, os Mota e Soares.


112

Os Gomes Lima, Cury e Xavier 
Rodrigues, Albuquerque e os Fernandes 
E outras mais, o que nos versos couber: 
Ferreira Costa, Melo e os Bernardes; 
Estanislau, Moreira e Gonzaga;
Lacerda, Borges, Brito e Casarões; 
Os Matozinhos, Flores, Cunha e Braga 
(Muitas daqui e de outras regiões).


113        

Furtado de Mendonça e os Pereira, 
Vieira e Mata, Fortes, Sá, Zebral; 
Camargos, Neves, os Granha e Junqueira; 
Os Damasceno, Assis, Lobo e Leal;
 Noronha de Menezes, Figueiredo; 
Tinoco e Paz, Batista Perdigão; 
Os Machado Sampaio e os Macedo; 
Baêta Neves, Dayrell e Leão.


114        

Ank, Libânio, Hudson, Campolina;
Chagas e Armond, Bandeira e Liberato;
Hoelzle e Veloso, Sena mais Medina; 
França, Galvão, os Freire e Emediato; 
Passos, Marselha, Murta e os Cançado;
Nery de Pádua, Prates e Corrêa; 
Cócolo, Sávio, Vale mais Dourado; 
Vassimon, França, Abranches e Gouvêa;


115        

Brant e Clemente, Lara e os Amorim; 
Albino com Cyrino, Dhom, Leroy; 
Simões, Henriques, Horta mais Bonfim; 
Os Araújo, André, Feijó, Valois;
Stein, Bhering, Dias de Faria; 
Os Cabanellas, Coutens e os Vilela; 
Botelho mais Coutinho, André e Garcia;
Seabra e Mendes, Rios e Varela;


116

Píramo, Pinho, Sales e Samor; 
Maffia, Passos, Paes, Nacife (82) e Coura; 
Bem, Alvarenga, Ayres e Castor; 
Bastos, Queiroz, Ferraz, Pimenta e Moura; 
Belchior, Bedran, Auais e Andrioni; 
Castelo Branco, Couto e Biagioni; 
Os Bellavinha, Zille e Capichoni; 
Vai, Antonucci, Magri, Trevisani.


117        

Antoniazzi, Hey, Hilário e Guerra; 
Forel Muniz, Buchemi e Giacomin; 
Gherardi e os Baumgratz, mais Cal e Terra; 
Cabral, Brasiliense e Verdolin; 
Bifano mais Miranda, Brum, Dacal; 
Caldeira com Vitória, Arruda e Guedes; 
Dallavedo va, Vargas e Vidal. 
Vou declinar mais nomes se me pedes:


118        

Canuto e Nascimento, Guimarães; 
Miranda, Pena, Arouca e os Meirelles; 
Marcenes e Cordeiro, Magalhães; 
Leite mais Abreu, Curty, Cunha e Teles; 
Carneiro, Vasconcelos e Siqueira; 
Os Bittencourt, Leijoto mais Salgado; 
Demonte Pontes, os Pinto, Cerqueira; 
Goulart, Pacheco, Nunes, Ribas, Prado.


119        

Brigolini, Avelar e Celestino; 
Os Calazans, Decort e Jakolewsky; 
Os Bianchetti, Inácio e Cezarino; 
Bavuso e os Nolasco, Snitcowsky; 
Os Aragão, os Halfeld e os Arantes; 
Os Aguiar, Condé, Grossi e Ganime; 
Borba, Ignatos (83), Gaiga mais Abrantes 
(Os nomes vão findar, não desanime!)


120        

Portilho e Carrieri, Ciriano; 
Caixeta e Calazans, Sol e Bonotto; 
Travesso e os Cidade mais Caetano; 
Matheus, Godinho, Cândido, Borotto; 
Espinha, Esteves, Lélis, Sacramento; 
Os Racioppi, Santos e Romano 
(A rima se transforma num tormento!);
 Faraco e Normândia, mais Marzano.


121

Santana maisTizon, Godói, Mesquita; 
Os Bahia, Melilo, Tolomelli 
(Já não encontro mais rimas com ita, 
E essa outra é de esfolar a pele!); 
Chapuis, Bassi, Tassi e o clã Gonçalves;
Scolari e Piacesi mais Pedroso; 
Pacheco e os Mathias Boelsuns, Alves; 
Bento, Candian, Filgueiras e Cardoso.


122

Arnould e Noben, Moerel e os Silveira; 
Mendes, Diniz, Diógenes, Nonato; 
Os Alencar, Necose e os Oliveira; 
Tinoco, Antunes, Torres e Bonatto; 
Mariosa mais Lacerda, Deus, Durão 
Cezário, Bank, Svizzero, Al vim; 
Morgado e Luz, Lisboa e os Crispim 
Miranda, Sol, Medeiros e Antão.


123        

Ávila e Rocha, Lagee Amaral; 
Peixoto e os Jardim e tantas tais, 
Que não mais cabem nesta fraternal, 
Forte união de troncos familiais: 
De árvores que deram só bons frutos, 
Legando-nos seus filhos operosos 
E muito ricos de outros atributos, 
Na vida cada vez mais vitoriosos.


124        

Trouxeram-nos a força de trabalho, 
Fincando aqui raiz mais duradoura,
Que só gerou os filhos de bom galho, 
Uns no comércio, outros na lavoura, 
Alguns na indústria mais se revelando:
Veio o A. Thun (84) naquela luta humilde; 
Indústrias de cerveja em bom comando; 
Companhia Industrial Santa Matilde.


125

Essa fábrica tão grande, imponente, 
Construía os vagões para a Central (85); 
A fornalha voraz e inclemente 
Que arrastava consigo, em seu caudal, 
O manganês tão nobre, de roldão, 
Na Queiroz Júnior ou na Ferro Ligas, (86) 
Enriquecendo os EUA e o Japão 
(Não quero aqui viver velhas intrigas!...)


Fonte: Queluziadas, A história de Queluz e Conselheiro Lafayette, um verso, de 1694 até a nossa época
Autor: Alberto Libânio Rodrigues

5 comentários:

  1. Eu gosto de ler poesia, pois muitas vezes, a mesma fala diretamente à nossa alma, mas confesso que muito pouco sei sobre a forma, estilo e as exigências gramaticais, que as mesmas por certo têm que seguir. De qualquer forma é um excelente execício mental, para a alma e o espírito de seguir em frente, pela vida. Muito obrigado mesmo, pela informação. Passarei a visitar a página, sempre que quiser uma poesia de qualidade. Obrigadão mesmo!!!!!

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  2. Maravilhoso!! Ler todos esses sobrenomes juntos e reconhecer vários de meus ancestrais nessas linhas foi gratificante. Obrigada por desencadear essas lindas lembranças que tenho da Zona da Mata Mineira.

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