Salvador de Menezes Drummond Furtado de Mendonça
Salvador de Menezes Drummond Furtado de
Mendonça, (1841-1913) foi um advogado, escritor, poeta, jornalista e diplomata
fluminense, um dos fundadores da ABL (Academia Brasileira de Letras) e um dos
idealizadores do Movimento Republicano no Brasil.
Formado na Faculdade de
Direito de São Paulo em 1859, fundou, com Teófilo Ottoni Filho, o jornal A
Legenda, onde iniciou-se nos assuntos de crítica social e política. Em 1861,
casou-se com Amélia Clemência Lúcia de Lemos, tornou-se professor de latim e
iniciou suas atividades em outros jornais: no Jornal do Comércio fazia crítica
teatral e no Correio Mercantil, a "Semana Lírica". Em 1865, foi
encarregado pelo Marquês de Olinda de reger a cadeira de Corografia e História
do Brasil no Imperial Colégio Pedro II, em substituição a Joaquim Manuel de
Macedo.
Em 1870, cofundou o Clube
Republicano com Saldanha Marinho e Quintino Bocaiúva. Foi então redigido o
Manifesto de 70, cujo capítulo A verdade democrática é de autoria de Salvador.
Fundou-se também o jornal A República, em cuja redação se congregavam Salvador,
Quintino Bocaiúva, Aristides Lobo, Lafayette Rodrigues Pereira, Pedro Soares de
Meireles e Flávio Farnese.
Quando assumiu o cargo de
Cônsul Geral do Brasil nos Estados Unidos em 1876, visitou o Imperador Pedro II
antes de viajar. Dom Pedro II, sempre de bom humor sarcástico, se despediu com
as palavras: "Espero que você sirva o Império na república, assim como
você serviu sua República no Império". Mendonça estaria presente em Nova
York quando Pedro II visitou a cidade em 1876 e posteriormente seria nomeado
Ministro Plenipotenciário do Brasil para os Estados Unidos.
Em 6 de julho de 1889, foi
nomeado enviado extraordinário e ministro plenipotenciário em missão especial
nos Estados Unidos e delegado do Brasil à 1ª. Conferência Internacional
Americana. Achava-se neste posto, junto com outro delegado, Lafayette Rodrigues
Pereira, quando foi proclamada a República no Brasil. Tomou a defesa do regime
implantado pelo Marechal Deodoro e foi por sua influência que os Estados Unidos
facilmente reconheceu o novo regime.
Em 1897 na sessão
preparatória da Academia Brasileira de Letras, foi um dos nomes escolhidos para
completar o quadro dos fundadores.
Escreveu um parecer sobre
a questão de limites entre Paraná e Santa Catarina e publicou uma apreciação
sobre o Memorial de Aires de Machado de Assis. Em 1909, acompanhou os últimos
meses da vida de seu irmão Lúcio, morando ambos na Gávea. Faleceu no Rio de
Janeiro, em 5 de dezembro de 1913.
Fonte: https://www.facebook.com/2082429452087261/posts/pfbid02d15u84ssHvE7op1NMAPqagb1jsoBsBe1DoUsChXqfdtuM8wGUAmp7FEC5BnP3KeMl/
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